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Primeiro transplante duplo de mãos em uma criança é considerado um sucesso

19/07/2017 às 12:062 min de leitura

Talvez você não se recorde, mas, há cerca de dois anos, nós publicamos aqui no Mega Curioso a notícia de que um menino de oito anos de idade chamado Zion Harvey, de Baltimore, nos EUA, havia passado pela primeira cirurgia de transplante duplo de mãos realizado em uma criança no mundo.

O garoto perdeu as mãos e os pés devido a um quadro de septicemia — que também o obrigou a passar por um transplante de rim, doado por sua mãe —, e recebeu as duas mãos e os antebraços de um doador em julho de 2015. A cirurgia aconteceu em no Children’s Hospital da Filadélfia, contou com a participação de uma equipe médica multidisciplinar com 40 integrantes e teve duração de pouco mais de 10 horas.

Procedimento inédito

Durante o procedimento, o time utilizou placas e parafusos para fixar os ossos, antes de ligar cuidadosamente as artérias e veias para restabelecer o fluxo sanguíneo das mãos e, depois, os médicos conectaram tendões, músculos e nervos. Agora, de acordo com Dennis Campbell, do The Guardian, dois anos após a complexa cirurgia, os médicos envolvidos no procedimento divulgaram informações sobre o quadro de Zion e revelaram que o duplo transplante foi um sucesso.

(The Guardian/The Lancet/PA)

Segundo contou um dos médicos que acompanham o progresso do menino, Zion — hoje com 10 anos de idade — faz fisioterapia diariamente e, a cada dia que passa, ele se torna mais independente e capaz de realizar suas atividades diárias, como se alimentar e vestir sozinho, escrever e ir ao banheiro. Além disso, o garoto continua recebendo medicamentos imunossupressores para garantir que seu organismo não rejeite as novas mãos.

Outra novidade interessante é que, de acordo com os cirurgiões, exames de ressonância magnética revelaram que o cérebro do garoto desenvolveu caminhos para as novas funções motoras e sensoriais que ele ganhou com o duplo transplante. No entanto, o caminho até aqui não foi nada fácil.

O organismo de Zion chegou a rejeitar as novas mãos em oito ocasiões — sendo que os episódios mais graves se deram quatro e sete meses depois da operação. Por sorte, os médicos conseguiram reverter os quadros com o uso de medicamentos, e o progresso do menino desde então vem sendo considerado extraordinário.

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