Cientistas chineses planejam comercializar 'microporcos' para estimação

05/10/2015 às 10:362 min de leitura

A lista de possíveis animais domésticos para se adquirir está ganhando um novo integrante: o porquinho. Exatamente. Agora, crianças e adultos que estiverem procurando um amigo pet vão ter a chance de escolher entre gatos, cães, pássaros, peixes, chinchila, porquinho-da-índia e porcos, entre outros.

Por mais que não pareça uma novidade tão grande, afinal já há casos de pessoas que possuem porcos de estimação, a diferença agora é que esse fato deve se tornar mais comum. Isso porque pesquisadores chineses planejam vender uma nova raça de “microporco”, própria para ser criada como companheira de casa. 

Os animais são alterados geneticamente e programados para crescer no máximo até 15 kg, resultando no tamanho semelhante ao de um cão de porte médio, segundo o site Science Alert. O anúncio foi feito pelo Instituto Genômica de Pequim (BGI), durante a Reunião de Líderes Internacionais de Biotecnologia de Shenzhen, no final de setembro deste ano.

Criados inicialmente para fins de pesquisa, os “leitõezinhos” serão oferecidos ao público em breve e devem custar US$ 1,6 mil (cerca de R$ 6,2 mil). Esse preço, segundo o diretor-técnico de Ciência Animal do BGI, Yong Li, é apenas uma experiência inicial para sentir como será a reação do público e do mercado.

A alteração genética permitirá variedade de características

A alteração genética dos suínos vai permitir aos consumidores mais do que apenas ter um porco de estimação em suas casas. De acordo com o BGI, no futuro, os clientes terão a oportunidade de escolher entre diferentes cores e tipos de couro.

Segundo Li, o instituto planeja utilizar todo o lucro da venda de microporcos para investir em pesquisas. “O objetivo é receber as encomendas e constatar qual será o tamanho da demanda”, explicou o diretor.

A novidade atraiu a atenção do público, segundo o geneticista Even Lars Bolund, que ajudou no desenvolvimento de alteração genética dos animais. Ele se surpreendeu com o anúncio da venda para domesticação, mas afirmou que os porquinhos roubaram o show no evento. “Nós tínhamos mais público do que qualquer outro. As pessoas ficaram agarradas neles, e todo mundo queria segurá-los”, completou Bolund.

Há quem questione a ideia

A alteração genética de animais não é uma unanimidade no mundo da ciência. Do ponto de vista ético, muitos estudiosos se manifestam contra a prática de utilizar o manuseio dos genes para fins levianos, como a comercialização para o público.

Um dos que discutem o projeto do BGI é o geneticista da Universidade Martin Luther de Halle-Wittenberg, na Alemanha, Jens Boch. Ele ajudou o instituto chinês a desenvolver a técnica utilizada para a criação dos microporcos. “É questionável se nós devemos impactar a saúde, o bem-estar e a vida de outras espécies animais do planeta sem nenhuma preocupação”, disse o pesquisador em entrevista ao site Nature.

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