Gatos ou cachorros? A ciência prova de vez quem ama mais os seres humanos

10/02/2016 às 13:202 min de leitura

É fato conhecido que ter um pet em casa pode mudar completamente a sua rotina, principalmente se estivermos falando dos dois tipos de animais domésticos mais comuns em todo o mundo: cães e gatos. Não importa se são criados por você desde cedo ou adotados quando já estão adultos, é muito fácil se afeiçoar a esses bichinhos. Porém, será que eles gostam de você tanto quanto você curte a companhia deles? Ou melhor: quem gosta mais de seu amigo humano, os felinos ou os cachorros?

Antes que uma grande guerra entre os amantes de cada tipo de animal de estimação se inicie, com as partes puxando a sardinha para o seu lado – e a turma do “deixa disso” diga que todos os bichinhos nutrem o mesmo tanto de sentimentos –, saiba que a resposta para essa questão de primeira urgência vem de um estudo apoiado pela BBC de Londres. Na produção de um documentário chamado “Cats v. Dogs” (“Gatos vs Cães”), o canal contou com a ajuda de dois especialistas em animais e um neurocientista para desvendar o mistério.

Spoiler: os apreciados das bolinhas de pelo que ronronam provavelmente vão ficar chateados com o resultado da pesquisa encomendada pela emissora britânica. Calma, não precisa xingar muito no Twitter ou dizer que tudo não passa de cachorrada. Isso porque a explicação tem base científica e envolve a análise da oxitocina – mais conhecido como “hormônio do amor” –, com o experimento fazendo uma comparação direta entre os níveis do elemento nos dois tipos de pets quando eles estão em contato com seus donos.

Exalando amor

Vale observar que, mesmo antes dessa pesquisa, já se sabia – com uma boa base de evidências e levantamentos – que os cães nutrem amor e exalam oxitocina na presença de seus “papais” e “mamães” adotivos. A principal dúvida, então, é se os gatos também compartilham do mesmo hábito e como a produção do hormônio de ambos se compara ao dos seres humanos. “É uma das medições químicas do amor em mamíferos”, comentou o doutor Paul Zak, responsável por liderar a pesquisa do canal de TV.

Para se ter uma noção, o cientista explicou que quando uma pessoa vê alguém com quem se importa muito – como um cônjuge ou seus filhos, por exemplo –, a presença desse hormônio na corrente sanguínea pode aumentar entre 40% e 60% do nível normal. Assim, o estudo colheu amostras de saliva de dez gatos e dez cachorros logo após eles brincarem com seus donos e fez os testes necessários para ver quanto cada um deles demonstrou seu amor – quimicamente – com a interação.

Retornando do laboratório, os resultados, como já era esperado, contam pontos para os membros do time canino. A resposta biológica dos cães foi bem acima do esperado, com esses pets produzindo cerca de 57,2% de hormônios adicionais – algo dentro da faixa de carinho entre os próprios humanos. Os felinos, por sua vez, apesar de gerarem uma produção extra de apenas 12% de oxitocina, surpreenderam por um motivo bastante nobre: eles não são tão impessoais – ou corações de pedra – quanto muita gente achava.

No fim, mesmo com a validade científica do estudo, o mais provável é que isso não mude o modo como os donos veem os seus bichinhos, uma vez que os laços criados com eles acabam importando mais do que a taxa de hormônios dentro dos corpinhos peludos. Afinal, como não deixar de achar que é amor o rabinho abanando do seu cãozinho ou aquela esfregada do gatinho na sua perna quando você chega em casa depois de um dia cansativo de trabalho, hein?

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