Conheça Schlitzie: o microcéfalo que ficou famoso com o filme “Monstros”

21/08/2018 às 09:002 min de leitura

Em "American Horror Story", a atriz Naomi Grossman interpretou Pepper, uma personagem com microcefalia, também chamada de “Cabeça de Alfinete”, em duas temporadas: "Asylum" (2014) e "Freak Show" (2016). A diferença entre Naomi e Schlitzie é que a primeira na verdade não tem microcefalia, e o segundo, tal qual na temporada "Freak Show", ganhou sua notoriedade por ser considerado bizarro.

Quem foi Schlitzie

Nunca se soube o nome verdadeiro de Schlitzie: alguns diziam que era Simon Metz;  já outros, Schlitze Surtees. Tudo o que se sabe é que ele nasceu no início dos anos 1900, em Nova York, e passou por vários lares adotivos, o que fez com que muita informação a seu respeito se perdesse.

Schlitzie nasceu com microcefalia, uma condição que fez com que seu cérebro, crânio e corpo fossem menores do que o normal, subdesenvolvidos. Além da condição física prejudicada, Schlitzie apresentava graves dificuldades cognitivas: sua capacidade mental equivalia à de uma criança de 4 anos, portanto não conseguia cuidar de si mesmo. Por exemplo, ele precisava usar fraldas, que eram trocadas por outras pessoas, e só conseguia falar frases curtas e com palavras mais simples.

Por causa de sua deficiência física, Schlitzie passou por vários circos famosos que exibiam “aberrações” em seus shows, mas sua notoriedade surgiu ao interpretar uma personagem no filme "Monstros" (Freaks), em 1932. A obra foi considerada de mau gosto e grotesca, o que a fez ser banida em várias cidades.

De volta à vida real

Após o filme, Schlitzie voltou a fazer sozinho seus pequenos shows itinerantes, até que conheceu George Surtees, um treinador de chimpanzés que o adotou e cuidou como se fosse seu próprio filho. Infelizmente, essa sensação familiar só durou até a morte de Surtees, em 1965; na sequência, a filha dele internou Schlitzie em um hospital psiquiátrico de Los Angeles.

Ele ficou no hospital por 3 anos, até que o engolidor de espadas Bill Unks, durante uma apresentação que fazia no hospital, o reconheceu e convenceu a instituição a deixá-lo se tornar seu cuidador. A iniciativa permitiu a Schlitzie voltar à vida no circo, a única que conhecia, e fazer pequenas apresentações para as pessoas na rua, até sua morte, em 1971.

Apesar de todos os anos de apresentações, Schlitzie nunca teve seu próprio dinheiro, o que fez com que fosse enterrado em uma lápide extremamente simples, quase sem marcações. Isso só foi mudar em 2007, quando um fã levantou dinheiro para colocar um marcador em pedra preta em seu túmulo.

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