25 anos de “Arquivo X”: 5 fatos sobre o episódio mais perturbador da série

10/09/2018 às 10:013 min de leitura

Em 10 de setembro de 1993, a FOX norte-americana levava ao ar uma série que viria a revolucionar a televisão: “Arquivo X”. Abordando temas como conspirações governamentais, alienígenas e monstros sinistros, o programa apostava no sobrenatural para conquistar sua audiência, durando 9 temporadas originais (até 2002), 2 temporadas especiais (em 2016 e em 2018), além de 2 filmes (em 1998 e em 2008).

A série moldou toda uma geração e influenciou comportamentos – se hoje você “shippa” algum casal, é por conta dos fãs de “Arquivo X” que torciam por um interesse romântico entre Mulder e Scully. Para o público feminino, o Efeito Scully foi estudado como sendo responsável por levar cada vez mais mulheres para a área das Ciências.

Outro conceito criado por “Arquivo X” foi o de “monstro da semana”: em séries de suspense sobrenatural, tratam-se daqueles episódios em que algo estranho é abordado, sem necessariamente ter ligação com a grande mitoligia que o programa aborda. E, nesse quesito, o episódio “O Lar”, da 4ª temporada, é um divisor de águas. Entendas os motivos:

1. Episódio mais perturbador

“O Lar” é o 2º episódio da 4ª temporada, tendo ido ao ar 11 de outubro de 1996 e mostrando a investigação de Mulder e Scully sobre um possível bebê enterrado próximo à casa da família Peacock, um pessoal que vivia isolado em uma pequena cidade na Pensilvânia, sem acesso a energia elétrica ou a água encanada. Os investigadores descobrem que a criança fora enterrada viva, sendo fruto de uma relação endogâmica, ou seja, entre parentes próximos, o que gera deformidades.

Esse foi um dos episódios mais polêmicos da série, tendo recebido um aviso de advertência antes de sua exibição alertando para o conteúdo gráfico a ser mostrado e o primeiro na TV americana a receber a classificação TV-MA, que significa ser impróprio para menores de 17 anos. O episódio é tão perturbador que só foi exibido uma vez pela FOX, sendo reprisado apenas anos mais tarde pelo FX, um canal a cabo.

home

2. Roteiristas

O episódio foi escrito por James Wong e Glen Morgan, que trabalharam em “Arquivo X” nos 2 primeiros anos e depois se ausentaram na 3ª temporada para se dedicar à série “Space: Above and Beyond”. Os dois também trabalharam na trilogia “Premonição”, para as telonas, e em outros episódios clássicos de “Arquivo X”, como “Assassino Imortal” e “Eugene Tooms Volta a Atacar” (ambos da 1ª temporada), “Os Homenzinhos Verdes” (2ª temporada) e “Meditações Sobre um Canceroso” (4ª temporada).

james wong e glen morgan

3. História real

O roteiro de Wong e Morgan é parcialmente baseado no documentário “Brother’s Keeper”, de 1992, que mostrou os desdobramentos da estranha morte de William Ward, um fazendeiro de 64 anos que vivia em um barraco insalubre junto com outros 3 irmãos. Delbert Ward, de 59 anos e um intelecto bastante abaixo da média, foi acusado de sufocar acidentalmente o irmão durante uma prática sexual incestuosa, mas acabou sendo absolvido já que sua suposta confissão teria sido conseguida via ameaças.

documentário

4. A influência de Charlie Chaplin

É estranho pensar que um dos maiores reis da comédia tenha inspirado o episódio mais perturbador de “Arquivo X”: a autobiografia de Chaplin trouxe uma recordação pra lá de sinistra, que ajudou os roteiristas Wong e Morgan a delinearem o comportamento da família Peacock.

Chaplin conta que, certa vez, enquanto atuava em uma produção teatral sobre “Sherlock Holmes”, em Londres, ele se hospedou em um hotelzinho barato e muito esquisito. A certa altura da noite, o anfitrião resolveu mostrar uma “preciosidade” para Chaplin: um rapazinho sem pernas que vivia sob uma das camas e que, após cutucado, passava a dançar e pular. O dono da estalagem queria chamá-lo de “Homem-Sapo” e emprestá-lo para um circo. Chaplin ficou horrorizado com a visão.

charles chaplin

5. O retorno da atriz

Na série, o final do episódio traz o plot twist mais assustador de “Arquivo X”: os bebês nasciam deformados depois que os filhos engravidavam a própria mãe, uma mulher sem braços ou pernas que vivia amarrada sob uma das camas da residência. Ela foi interpretada pela atriz Karin Konoval, que retornou para “Arquivo X” em “Mais Um”, o 3º episódio da 11ª temporada, exibida em 2018 – um dos mais aclamados do revival da série.

Karin Konoval

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