FBI divulga pista sobre um dos maiores roubos de arte de todos os tempos

14/08/2015 às 04:323 min de leitura

Você já ouviu falar do assalto ao Museu Isabella Steward Gardner de Boston? Nós aqui do Mega Curioso já falamos um pouquinho desse incidente em uma matéria que você pode conferir através deste link, mas, só para que você tenha uma ideia, o crime é considerado como um dos maiores roubos de arte de todos os tempos.

O assalto

“A Tempestade no mar da Galileia”, de Rembrandt

Tudo aconteceu na madrugada do dia 18 de março de 1990, quando dois homens disfarçados de policiais chegaram ao museu com um hatchback — um modelo de carro que possui um compartimento traseiro para passageiros com porta-malas integrado — e convenceram os guardas do local a deixá-los entrar. Uma vez dentro do museu, os homens algemaram os seguranças e saíram de lá levando obras de arte avaliadas em US$ 300 milhões na época.

Entre as obras, os ladrões levaram quadros de Rembrandt, Johannes Vermeer, Degas, Manet e Govaert Flinck, e até hoje, 25 anos depois, o caso continua sem solução. No entanto, de acordo com Stephanie Pappas do portal Live Science, um vídeo liberado na semana passada pelo FBI levantou questões intrigantes a respeito do assalto.

Pista

“O Concerto”, de Vermeer

Segundo Stephanie, o material foi capturado por uma câmera de segurança do museu 24 horas antes do crime. O vídeo mostra um homem saindo de um veículo estacionado junto a uma das entradas laterais do museu, e Richard Abath, um dos guardas que foram rendidos na madrugada do roubo, o deixa entrar.

Abath sempre negou ter tido qualquer participação no crime, mas o material liberado pelo FBI parece contradizer sua versão. De acordo com Stephen Kurkjian, um jornalista que investigou o caso, o carro do clipe também parece ser um hatchback, ou seja, o mesmo modelo usado pelos ladrões. E a pista ainda revela que Abath não quebrou o protocolo de segurança apenas na madrugada do assalto, mas na véspera também, permitindo a entrada de estranhos.

O vídeo também levanta questões sobre o motivo de o FBI ter divulgado as imagens só agora. É evidente que o material certamente já foi analisado por várias gerações de agentes que trabalharam no caso e seguramente investigaram a pista presente nele. Assim, uma hipótese é que os federais tenham liberado o clipe com o objetivo de confirmar informações a respeito do suspeito que aparece nas imagens e cuja identidade deve ter sido fornecida por Abath.

Paradeiro desconhecido

“Paisagem com Obelisco”, de Flinck

Hoje, o valor das obras roubadas é estimado em US$ 500 milhões. Contudo, as peças provavelmente não têm valor nenhum para os ladrões. Isso porque algumas delas foram cortadas de suas molduras, e isso deve ter danificado ou até destruído as pinturas. Sem falar que, como os quadros são famosos, qualquer pessoa que tentasse adquiri-los no mercado negro seria automaticamente incriminada.

Sendo assim, já que ninguém em sã consciência tentaria comprar as obras, por que, então, roubá-las? Uma das teorias é que os quadros foram levados por pessoas evolvidas com o crime organizado e que poderiam usar as pinturas como moeda de troca no caso de que algum membro da organização fosse pego — esse indivíduo poderia negociar a duração da pena com as autoridades em troca de pistas sobre o paradeiro das peças.

“Dama e Cavalheiro de preto”, de Rembrandt

Entretanto, o mais provável é que os ladrões simplesmente fossem inexperientes, e não fizessem ideia do problema que teriam nas mãos. Quatro anos depois do roubo, o museu chegou a receber um pedido de resgate pelas obras, e em 1997, um repórter supostamente teria visto um dos quadros. Em 2006, um investigador se fazendo passar por comprador de arte chegou a receber uma oferta por duas das pinturas, mas a operação não deu certo.

Após todos esses anos, vários dos principais suspeitos já faleceram, e o museu, além de manter as molduras vazias penduradas nas galerias, ofereceu uma recompensa de US$ 5 milhões para quem forneça informações que levem à recuperação dos quadros. Já o FBI acredita que os ladrões também já morreram, mas sempre resta a esperança de que algum familiar, parente ou amigo tenha alguma informação que ajude a solucionar o crime.

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