Sabe o que é isso na imagem? Um sistema planetário em formação

16/11/2016 às 06:592 min de leitura

Essa espécie de redemoinho que você acabou de ver acima é o que os astrônomos chamam de disco protoplanetário, que nada mais é do que um disco de material — principalmente gás e poeira cósmica — que se encontra em órbita ao redor de uma estrela muito jovem e que, com o tempo, dará origem a planetas novinhos em folha.

No caso do disco protoplanetário da imagem, de acordo com Kastalia Medrano, do portal Inverse, ele foi flagrado através de um instrumento do Observatório Europeu do Sul chamado VLT-SPHERE, focado no estudo de sistemas formados por exoplanetas.

Nascimentos cósmicos

Segundo Kastalia, graças à tecnologia de ponta e à precisão do instrumento, os astrônomos podem entender melhor o processo evolutivo que se encontra em andamento próximo às jovens estrelas e como o nascimento de novos planetas acontece. O legal do VLT-SPHERE é que ele é equipado com dispositivos ópticos adaptativos que são capazes de compensar distorções visuais e filtrar a luz emitida pela estrela, evitando que ela interfira na observação do sistema.

Disco protoplanetário observado através do VLT-SPHERE

Basicamente, o VLT-SPHERE captura imagens superdetalhadas dos exoplanetas, o que não é uma tarefa tão simples como parece. No caso, com os discos protoplanetários o desafio é ainda maior, pois essas estruturas nem sequer são sólidas! Esses discos, na verdade, são nuvens — de gás e poeira cósmica, como dissemos anteriormente — cujo material sólido vai formando aglomerações e se compactando até formar um planeta.

Como esse processo se dá exatamente ainda é um mistério para os cientistas, mas é no transcurso dele que os planetas com anéis — como Saturno, por exemplo — se formam ou, ainda, estrelas com braços em espiral, como a que você pode ver na imagem a seguir:

Estrela com "braços" espiralados observada pela NASA

Sendo assim, as observações realizadas através do VLT-SPHERE são especialmente interessantes para os astrônomos, já que os dados obtidos pelo dispositivo, além de raros, dão aos cientistas a oportunidade de analisar um fenômeno pouco conhecido e em pleno desenvolvimento.

Aliás, até recentemente, só existiam observações de discos protoplanetários assimétricos — diferente dos sistemas capturados pelo VLT-SPHERE, que possuem características simétricas. Além disso, segundo os astrônomos, eles também observaram uma grande cavidade central com duas grandes estruturas na forma de braços espiralados que poderia dar origem a um planeta parecido a Júpiter.

O instrumento também capturou imagens de quatro “rastros” escuros, provavelmente formados por sombras de material planetário, e um deles mudou de forma durante as observações — o que demonstra que o VLT-SPHERE está capturando as imagens enquanto o sistema planetário se encontra em evolução.

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