O que ocorreria se um asteroide aparecesse de surpresa? Estaríamos lascados

15/12/2016 às 08:533 min de leitura

Nós aqui do Mega Curioso já postamos diversas matérias sobre as iniciativas que estão sendo desenvolvidas para lidar com a aproximação e o possível impacto de asteroides contra o nosso planeta — e você pode encontrar uma seleção delas através deste link. A NASA mesmo está trabalhando em um programa para detecção, monitoramento e avaliação de riscos relacionados com objetos em rota de colisão com a Terra e até já fez um teste com o sistema.

O problema é que, apesar de todos os projetos que se encontram em desenvolvimento no momento, ainda não existe um método testado e aprovado para, digamos, desviar o curso ou destruir uma rocha espacial que decida vir em nossa direção. E, considerando que — só — a NASA detecta, em média, cinco novos asteroides todos os dias, a possibilidade de que um desses objetos nos acerte um dia é bastante real.

E se...?

Isso nos leva a uma questão bem preocupante. Imagine que desses asteroides que a NASA descobre todos os dias, os cientistas da agência espacial identificassem um de grande porte bem próximo e, pior, em rota de colisão com a Terra no período de semanas ou dias. O que aconteceria? Em poucas palavras? Nós estaríamos lascados!

Não existe um plano B

De acordo com Bec Crew, do portal Science Alert, Joseph Nuth, da NASA, explicou durante a reunião anual da American Geophysical Union (União de Geofísica dos Estados Unidos) que ocorreu essa semana que, sinceramente, não há muito que fazer se a situação acima se apresentar agora. Segundo Nuth, uma missão de desvio ou bloqueio da rocha espacial levaria anos para ser realizada, portanto a única opção de momento seria a evacuação em massa.

Conforme lembrou Bec, nos últimos anos, nós tivemos dois encontros “próximos”. Um deles aconteceu em 1996, quando um cometa colidiu contra Júpiter, e o outro ocorreu em 2014, quando outro cometa passou raspando por Marte, nosso vizinho. Pois esse segundo objeto espacial foi descoberto apenas 22 meses antes de sua aproximação ao Planeta Vermelho — o que significa que, se a Terra estivesse em sua rota, não haveria tempo para fazer nada.

Vamos torcer para que nenhuma rocha espacial tropece com a gente

Segundo o pessoal da NASA, atualmente, o tempo necessário para organizar e lançar uma missão de deflexão é de 5 anos — ou seja, muito mais do que o tempo de alerta que a agência espacial teve com relação ao cometa que passou por Marte.

Outra informação alarmante é que os cientistas trabalhando na detecção e no monitoramento de objetos celestes potencialmente perigosos confessaram que sua atenção está focada em asteroides, e não em cometas. De acordo com Bec, a Sociedade Planetária já descobriu aproximadamente 60% dos asteroides próximos da Terra e cometas com períodos orbitais curtos, isto é, com menos de 200 anos. E os 40% restantes? Vamos torcer para que nada inesperado aconteça de momento!

Planos de ação

O pessoal da NASA recomenda que uma nave de interceptação seja construída — e fique de prontidão para o caso de que algum objeto celeste em rota de colisão com a Terra seja detectado. Além disso, os cientistas da agência sugerem que outra nave mais simples seja criada para ser lançada em direção à rocha espacial para a coleta de informações como, por exemplo, sua órbita, formato, movimentação e rotação.

Os projetos existem, mas precisam ser implementados

Com esses dados em mãos, os astrônomos poderiam determinar com mais segurança onde a rocha espacial deveria ser atingida para ter sua rota desviada, por exemplo — e, para isso, eles usariam uma ogiva nuclear ou uma espécie de bola de canhão cinética. Com esse sistema pronto e a postos, os cientistas estimam que uma missão poderia ser lançada em um período de 1 ano, aproximadamente.

Mesmo assim, a iniciativa não excluiria todo o risco. Afinal, com tantas rochas espaciais zunindo pelo espaço o tempo todo, é praticamente impossível evitar que uma delas acabe nos atingindo mais cedo ou mais tarde.

Historicamente, objetos massivos com o potencial de desencadear a extinção de espécies aqui na Terra atingem o nosso mundo a cada 50 ou 60 milhões de anos. Se essa tendência fosse uma previsão exata, isso significa que um desses pedregulhos imensos não deveria demorar muito para nos acertar. Medo...

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