Cometa ISON poderá produzir uma chuva de partículas na atmosfera terrestre

25/04/2013 às 05:192 min de leitura

Cientistas acreditam que o cometa ISON (C/2012 S1) poderá produzir uma chuva de partículas quando cruzar a trajetória da Terra e seguir em direção ao Sol no final deste ano.

O cometa, que foi fotografado no último dia 10 de abril pelo telescópio Hubble, está atualmente próximo da órbita de Júpiter. Mesmo à grande distância, o ISON já apresenta uma intensa atividade de sublimação, produzindo um longo rastro de poeira.

A cauda se forma pelo aquecimento da superfície do cometa pela luz solar e o subsequente derretimento da crosta congelada do corpo celeste. Os cientistas da NASA têm usado as imagens do Hubble para medir o tamanho do núcleo do cometa ISON e tentar prever seu comportamento quando atingir a máxima aproximação do Sol e da Terra no final do ano.

Em vídeo, a NASA mostra qual deve ser a trajetória do cometa em relação às órbitas dos planetas centrais do nosso sistema solar.

Ainda de acordo com os cientistas, o núcleo do ISON é incrivelmente pequeno para a intensa atividade de poeira cósmica que ele vem produzindo no espaço. A extensão da cauda e a granulação fina de suas partículas podem produzir um espetáculo diferente ao nosso olhar quando a Terra passar pelo rastro do cometa.

Uma chuva de partículas na atmosfera terrestre

Os cientistas acreditam que, quando o cometa passar pela órbita da Terra, haverá partículas sendo liberadas atrás dele. Porém, como ele segue em aproximação ao Sol, haverá também partículas que estarão se afastando, em direção contrária, devido à pressão solar. Isso significa que teremos partículas se movimentando em direções diferentes.

O evento produzirá uma chuva de partículas na atmosfera terrestre. Como se tratam de partículas de grãos muito finos, os cientistas acreditam que a poeira do cometa ISON será perceptível na Terra pela formação de nuvens noctilucentes, muito mais brilhantes e iluminadas no céu por refletirem as partículas de cristais de gelo no limite superior da camada atmosférica.

Imagem de nuvens noctilucentes no céu. Fonte da imagem: Reprodução/Extreme Instability

Simulações em computadores mostram que a Terra vai cruzar o rastro deixado pelo ISON no dia 12 de janeiro de 2014. Pela trajetória prevista, e se o corpo celeste não se desintegrar antes, o cometa atingirá a máxima aproximação do Sol no dia 28 de novembro. No dia 26 de dezembro, o ISON alcançará a menor distância da Terra, a cerca de 64 milhões de quilômetros. Não há como ter certeza se o cometa vai sobreviver à aproximação do Sol e se o evento da chuva de partículas realmente vai acontecer.

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