O último suspiro do nosso planeta pode ser um grande espetáculo cósmico de destruição. 

Se você pensa que as preocupações futuras sobre o destino da Terra estão limitadas às mudanças climáticas ou à expansão urbana, é hora de expandir seus horizontes cósmicos. Um estudo recente sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/fontes-da-juventude-internas-permitem-que-estrelas-continuem-vivendo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anãs-brancas</a>, as estrelas mortas do universo, trouxe algumas perspectivas intrigantes sobre o que poderia acontecer com nosso planeta depois que o Sol der o seu último suspiro.&nbsp;Prepare-se para uma jornada pelo cosmos e descubra se a Terra está destinada a ser engolida, dilacerada ou talvez até mesmo sobreviver nesse turbilhão cósmico.<h2 style="text-align:justify;">Um zumbi à espreita</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/13/13154644497004.jpg" alt="Haverá ainda a raça humana no último suspiro da Terra? (Fonte: GettyImages/ Reprodução) "><figcaption>Haverá ainda a raça humana no último suspiro da Terra? (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Antes de tudo, é importante entender que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128398-quantas-vezes-o-sol-ja-deu-a-volta-na-via-lactea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nosso querido Sol</a>, como qualquer outra estrela no Universo, não será eterno. Da mesma forma que todas as estrelas de tamanho similar, ele enfrentará estágios dramáticos em sua existência.Primeiro,&nbsp;se tornará uma gigante vermelha, espalhando seu calor pelo sistema solar e tornando a vida na Terra impossível. Mas o show não acaba aí. Eventualmente, o Sol encolherá para se tornar uma anã branca, um cadáver estelar quente e denso — um zumbi cósmico, se preferir.Aqui é onde as coisas ficam interessantes. Enquanto alguns cientistas acreditam que a Terra poderia escapar da tragédia final, outros sugerem que ela será devorada pelo Sol quando ele se transformar em gigante vermelha. Nesta hipótese, o nosso planeta pode ser engolido pelas chamas ardentes da estrela ou dilacerado por sua gravidade implacável.&nbsp;Caso sobreviva, o horizonte ainda é de caos.&nbsp;Mercúrio e Vênus, os planetas mais próximos do Sol, serão provavelmente os&nbsp;primeiros a serem engolidos por esse inferno estelar. Isso deixaria a Terra em uma posição precária, com sua atmosfera e oceanos sendo arrancados pela intensa radiação solar.<h2 style="text-align:justify;">O fim do sistema solar</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/13/13154333715002.jpg" alt="O sistema solar irá sucumbir frente à anã branca. (Fonte: GettyImages/ Reprodução) "><figcaption>O sistema solar irá sucumbir frente à anã branca. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Estudos recentes sobre anãs brancas revelaram mudanças intrigantes em seu brilho ao longo de décadas. Segundo as pesquisas, o estágio de anã branca apresenta muitos desafios aos corpos celestes que a acompanham.&nbsp;Imagine asteroides, luas e talvez até planetas sendo dilacerados e transformados em poeira enquanto orbitam essas estrelas mortas. É um espetáculo caótico e violento que desafia nossa compreensão do cosmos. Não é difícil imaginar o mesmo destino reservado para corpos celestes em nosso próprio sistema solar.É nesse cenário caótico que as coisas ficam ruins também para os outros planetas do Sistema Solar. Marte e os gigantes gasosos, como Júpiter e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125573-5-grandes-curiosidades-sobre-saturno-e-seus-aneis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Saturno</a>, podem sobreviver à transição do Sol para uma anã branca, mas não a seus próprios desafios.&nbsp;No entanto, não há motivo para pânico imediato. O Sol ainda tem bilhões de anos pela frente antes de sua morte final. E mesmo quando se tornar uma anã branca, levará ainda mais tempo para que seu brilho se apague completamente. Então, por enquanto, podemos continuar a desfrutar do conforto de nosso planeta azul enquanto ele ainda está aqui.

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Planeta Terra pode ter fim macabro causado por um Sol morto

Descubra o Lahaina Noon, um evento que surpreende com seu efeito de sombras inexistentes e ocorre apenas em lugares especiais ao redor do globo.

Enquanto eventos celestiais como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/eclipse-solar-como-as-civilizacoes-antigas-reagiam-ao-sumico-do-sol" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eclipses</a> e cometas tendem a roubar os holofotes, há um fenômeno mais sutil, mas igualmente fascinante, que acontece anualmente: o Lahaina Noon. Esse evento peculiar, conhecido por transformar o cenário com sombras mínimas ou inexistentes, ocorre apenas em alguns locais do mundo.<h2>Origens e significado</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/09/09232019367006.jpg" alt="Lahaina Noon ocorre quando o sol atinge o ponto mais alto no céu. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Lahaina Noon ocorre quando o sol atinge o ponto mais alto no céu. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure></figure>O Lahaina Noon é um termo havaiano que se traduz aproximadamente como "sol cruel" ou "dia de sombra zero". Ele ocorre quando o sol fica diretamente acima de um local, resultando em sombras mínimas ou ausentes. Esse fenômeno é observado duas vezes por ano em regiões próximas à linha do equador, como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127056-incendio-no-havai-tudo-o-que-voce-precisa-saber-para-entender.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Havaí</a>, onde recebeu o nome Lahaina Noon devido à cidade de Lahaina, famosa por suas observações impressionantes do evento.Durante o Lahaina Noon, o sol atinge o ponto mais alto no céu, estando perpendicularmente sobre o local observado. Isso resulta em sombras mínimas, pois os raios solares atingem os objetos verticalmente, não projetando sombras perceptíveis. Essa ausência de sombras cria uma ilusão quase surreal, como se estivessem suspensos no ar, sem as sombras naturais que estamos acostumados a ver.<h2>Localização e impacto do fenômeno</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/09/09232203079007.jpg" alt="O fenômeno pode ser observado no Havaí. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O fenômeno pode ser observado no Havaí. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Esse evento celeste ocorre em lugares especiais ao redor do globo, geralmente dentro dos trópicos. O Havaí é um dos lugares mais conhecidos por experimentar o Lahaina Noon, devido à sua localização próxima ao equador. Como o único estado dos EUA situado nos trópicos, o Havaí oferece oportunidades únicas para observar esse evento fascinante.Durante o Lahaina Noon, os residentes e visitantes do Havaí testemunham um momento especial, onde a natureza desafia as expectativas convencionais. É uma oportunidade para refletir sobre a interconexão entre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121732-afinal-qual-e-a-cor-do-sol.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sol</a>, a Terra e os fenômenos naturais que moldam nosso mundo. Além disso, o fenômeno também destaca a rica cultura havaiana, que valoriza a observação cuidadosa e reverente do ambiente natural.Além de seu aspecto visual impressionante, o Lahaina Noon também tem implicações práticas. Durante esse período, o sol está no seu ponto mais alto no céu, o que pode ter efeitos significativos na agricultura, navegação e até mesmo na arquitetura local. Compreender o fenômeno e seu impacto pode ajudar as comunidades a adaptarem-se melhor às condições únicas das regiões tropicais.O Lahaina Noon é muito mais do que apenas um evento celestial; é um lembrete do quão surpreendente e diversificado é o nosso mundo. Enquanto nos maravilhamos com as sombras mínimas e os objetos surreais durante esse fenômeno, também somos lembrados da interconexão entre a Terra, o sol e os corpos celestes que habitam o cosmos.

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Lahaina Noon: o momento em que as sombras desaparecem

Estudo aponta que compostos químicos necessários à vida no nosso planeta pode ter vindo por meio de ondas gravitacionais. 

Se você já ouviu falar sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125587-cientistas-detectam-evidencias-de-ondas-gravitacionais-de-baixa-frequencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ondas gravitacionais</a> e pensou que eram apenas um daqueles conceitos complicados e distantes do nosso dia a dia, que nada tem a ver conosco, é bom repensar isso. Pesquisadores do King's College London sugerem que essas ondas cósmicas podem ter desempenhado um papel crucial na existência da vida humana.De acordo com o estudo, elementos essenciais para a nossa existência, como o iodo e o bromo, podem ter suas origens ligadas a eventos astrofísicos desencadeados pela presença das ondas gravitacionais. Mas como isso é possível?<h2 style="text-align:justify;">Carona cósmica</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/07/07213616475028.jpg" alt="Talvez sejamos filhos das ondas gravitacionais. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Talvez sejamos "filhos" das ondas gravitacionais. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Você já se questionou sobre a origem dos elementos que constituem nosso corpo, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128922-enorme-reservatorio-de-hidrogenio-e-encontrado-em-mina-na-albania.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hidrogênio</a>, carbono, oxigênio e outros? Esses elementos, todos com números atômicos abaixo de 35, são forjados em supernovas, explosões colossais que marcam o fim da vida de estrelas.Já elementos mais pesados como o iodo e o bromo, cruciais para funções biológicas vitais como a produção de hormônios e a formação de tecidos, não seguem exatamente esse caminho convencional.Para haver a produção de elementos mais pesados, ou seja, com número atômico maior que 35, é necessário ocorrer um processo nuclear especial chamado processo-r.O processo-r é um fenômeno que acontece quando um núcleo atômico pesado captura uma sucessão de nêutrons livres antes que ele tenha a chance de decair. Isso resulta na síntese de isótopos mais pesados de um elemento. Uma das possibilidades desse processo acontecer é justamente durante a fusão de duas estrelas de nêutrons, conhecida como quilonova.E é aqui que as ondas gravitacionais entram em cena. À medida que essas estrelas de nêutrons giram uma em direção à outra ao longo de centenas de milhões de anos, elas emitem enormes quantidades de energia na forma de ondas gravitacionais. Esse evento espetacular foi até detectado em 2017 pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120503-ondas-gravitacionais-fenomeno-previsto-por-einstein-quebra-recorde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">observatórios de ondas gravitacionais</a> LIGO e Virgo, nos Estados Unidos.<h2 style="text-align:justify;">Explosão de vida</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/07/07220628994035.jpg" alt="Explosões lançam diversos componentes químicos no Universo. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Explosões lançam diversos componentes químicos no Universo. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>As explosões de quilonovas são, portanto, cruciais para o processo-r, já que as estrelas de nêutrons são compostas principalmente — e obviamente — por nêutrons, abrindo a possibilidade para a criação dos elementos pesados.&nbsp;Dessa maneira, os cientistas concluíram que vários elementos pesados existentes hoje na Terra são provavelmente formados como resultado do processo-r durante as colisões de estrelas de nêutrons, desencadeadas pela radiação de ondas gravitacionais. Isso nos leva a questionar: será que as ondas gravitacionais são a chave para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117818-vida-na-terra-pode-acabar-em-1-bilhao-de-anos-por-falta-de-oxigenio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nossa própria existência</a>?Pode parecer uma ideia mirabolante, mas os fundamentos físicos por trás desse conceito nos fazem refletir.&nbsp;Se esses elementos tão importantes para a nossa constituição biológica e para as formas de vida que existem por aqui realmente vieram de carona nas ondas gravitacionais, podemos então supor que são graças a elas que há vida em nosso planeta.Será então possível afirmar que as misteriosas ondas gravitacionais poderiam ser a chave para desvendar os segredos da origem da vida? A dúvida fica, e só o futuro — e muitas pesquisas — poderá dizer.

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Ondas gravitacionais seriam as responsáveis pela origem da vida na Terra?

Um estudo recente revelou como um único evento cataclísmico há cerca de 2,3 milhões de anos moldou a paisagem marciana.

Marte, o Planeta Vermelho, sempre cativou nossa imaginação com seus mistérios e paisagens alienígenas. Recentemente, cientistas descobriram um evento extraordinário que moldou significativamente a superfície marciana: um único impacto gigantesco que deixou uma cratera principal e mais de 2 bilhões de crateras secundárias em seu rastro.Esse estudo, apresentado na 55ª Conferência Anual de Ciência Lunar e Planetária, que ocorreu no Texas (EUA), traz informações fascinantes sobre as origens e ramificações desse <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127210-estrela-mais-brilhante-do-universo-carrega-varios-misterios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evento cósmico</a>.<h2>Origens do impacto e suas consequências</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/27/27153850766222.jpg" alt="Cratera Corinto cercada por inúmeras crateras secundárias. (Fonte: NASA/Reprodução)"><figcaption>Cratera Corinto cercada por inúmeras crateras secundárias. (Fonte: NASA/Reprodução)</figcaption></figure></figure>O impacto maciço, ocorrido há aproximadamente 2,3 milhões de anos, deu origem à cratera principal conhecida como Corinto, situada em Elysium Planitia, uma vasta planície próxima ao equador marciano. Estima-se que asteroides capazes de causar tal impacto atinjam <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126982-marte-esta-girando-mais-rapido-e-os-cientistas-nao-sabem-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marte</a> apenas a cada 3 milhões de anos ou mais, o que faz de Corinto uma das crateras mais jovens de seu tamanho no planeta. A cratera tem cerca de 14 quilômetros de diâmetro e 1 quilômetro de profundidade, indicando a magnitude do evento.Além da cratera principal, o estudo revelou um extenso "sistema de raios" formado pelo material ejetado do impacto. Esse material espalhou-se por centenas de quilômetros, criando crateras secundárias em um fenômeno sem precedentes. O ângulo de impacto foi estimado entre 30 e 45 graus, e a composição do objeto impactante descrita como "basalto forte e competente".<h2>Características das crateras secundárias</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/27/27154426221225.jpg" alt="Representação gráfica das fácies das crateras ao redor de Corinto. (Fonte: Golombek et al./Reprodução)"><figcaption>Representação gráfica das fácies das crateras ao redor de Corinto. (Fonte: Golombek et al./Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os pesquisadores classificaram as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128350-cratera-de-marte-pode-ja-ter-abrigado-lago-que-continha-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crateras</a> secundárias em quatro "fácies" com base em sua forma e distância da cratera principal. Desde as crateras da Fácies 0, mais próximas de Corinto e semicirculares, até as crateras da Fácies 3, longas e estreitas, as características variadas refletem a complexidade do processo de formação. O estudo utilizou dados do Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), incluindo imagens do High Resolution Imaging Experiment (HiRISE) e da Context Camera (CTX), para analisar detalhadamente as características das crateras ejetadas.A identificação e classificação das crateras de material ejetado forneceram detalhes valiosos sobre a distribuição e o padrão de dispersão do material após o impacto. A presença de crateras secundárias a uma distância de quase 2 mil quilômetros da cratera principal destaca a escala impressionante desse evento e sua influência duradoura na paisagem marciana.As descobertas desse estudo trazem à tona informações sobre os processos geológicos e impactos cósmicos em Marte, ampliando nossa compreensão da evolução do planeta vermelho. Embora o estudo forneça novas informações, também abre novas perguntas e áreas de pesquisa. O que esse evento singular pode revelar sobre a história geológica e climática de Marte? Como essas descobertas podem informar futuras missões espaciais e exploração do planeta? O trabalho futuro certamente buscará responder a essas perguntas e desvendar mais segredos sobre a fascinante história de Marte.

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Como um único impacto em Marte criou 2 bilhões de crateras no Planeta Vermelho

Teoria conhecida como pampsiquismo defende que tudo — não só nós, humanos — tem consciência e que a "ciência corrobora isso". A própria ciência, por outro lado, diz outra coisa.

Você já parou para pensar se o mundo ao seu redor é mais do que apenas um objeto inanimado? E se cada <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115238-a-teoria-de-tudo-modelo-indica-particula-do-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">partícula</a>, desde uma mesa até o Sol, tivesse algum tipo de mente ou consciência? Essa é a ideia intrigante do pampsiquismo, uma teoria antiga que ressurge atualmente com novos questionamentos e debates.O pampsiquismo, cunhado no século XVI pelo filósofo italiano Francesco Patrizi, propõe que toda matéria possua uma forma de mente ou uma qualidade similar à mente. Essa ideia tem suas raízes na Grécia antiga e foi revivida por pensadores como Arthur Schopenhauer e William James no século XIX.&nbsp;No entanto, a partir do surgimento do chamado "positivismo lógico", no século XX, a teoria foi largamente descartada pela comunidade científica, principalmente porque o movimento normal naquele momento era se afastar da metafísica e de qualquer coisa que não tivesse caráter lógico.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">Pensando a consciência</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/30/30095818110047.jpg" alt="A consciência é um quebra-cabeças que a ciência ainda está montando. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>A consciência é um quebra-cabeça que a ciência ainda está montando. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Recentemente, avanços na neurociência, psicologia e física quântica têm reacendido o interesse pelo pampsiquismo. Giulio Tononi, neurocientista e psiquiatra italiano, propôs a Teoria da Informação Integrada (TII) em 2004, sugerindo que a consciência pode existir até mesmo em sistemas simples.&nbsp;Em 2014, Christof Koch, neurocientista alemão-americano, argumentou que, se partes da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124792-o-universo-tem-uma-consciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">matéria podem se tornar conscientes</a>, não há motivo para que partículas elementares não possam também ter alguma forma de consciência.O debate ganhou um novo nível de especulação quando o biólogo e autor Rupert Sheldrake levantou a questão: o Sol poderia ser consciente? Sheldrake sugere que a consciência não está necessariamente confinada ao cérebro e que campos eletromagnéticos podem ser a interface entre a mente e o corpo do Sol.&nbsp;Embora essa ideia pareça saída de um livro de ficção científica, ela levanta questões interessantes sobre a natureza do universo e da consciência.<h2 style="text-align:justify;">Vamos com calma</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/30/30095932444048.jpg" alt="Estaria a consciência presente em sistemas simples, como partículas? (Fonte: GettyImages/ Reprodução) "><figcaption>Estaria a consciência presente em sistemas simples, como partículas? (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Por mais que essa proposição possa parecer interessante e corrobore com as expectativas de muita gente, é importante ressaltar que não há evidências concretas para apoiar essa teoria.&nbsp;Sheldrake, por exemplo, é conhecido por suas ideias controversas e suas pesquisas não são aceitas por boa parte da comunidade científica. Além disso, o biólogo flerta com conceitos que estão mais pra metafísica do que para a ciência. Assim, por mais que ele seja, de fato, um cientista, nem tudo do que ele trata tem <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106484-estas-7-coisas-sao-meios-cientificamente-comprovados-de-te-deixar-feliz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comprovação científica</a> ou pode passar pelo crivo da ciência. O pampsiquismo é um exemplo disso.&nbsp;De acordo com o filósofo britâncico Keith Frankish, o pampsiquismo desconsidera coisas básicas, como o nosso cérebro. Para o pensador inglês, a&nbsp;consciência é, antes de tudo, uma ilusão, pois nada mais é o processo de identificação das informações que nos são transmitidas pelos sentidos, criando aquilo que ficcionamos como mente. &nbsp;Em 2023, uma carta com assinaturas de mais de 100 especialistas da área de estudo da consciência foi dura ao acusar a Teoria da Informação Integrada de Giulio Tononi de pseudociência, isso por ela estar, em grande medida, baseada no pampsiquismo.&nbsp;O fato é que teremos de esperar para os próximos capítulos para saber quem vencerá o debate. O que é certo para boa parte dos cientistas e filósofos da mente é que, até o momento, o pampsiquismo não tem qualquer comprovação científica, estando mais para uma proposição apenas filosófica e metafísica.

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Teoria afirma que Sol pode ter consciência própria. Será possível?

Olhar diretamente para o Sol, sem qualquer proteção, pode causar sérios danos à visão.

Um dos <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274972-eclipse-solar-total-principais-eventos-astronomicos-2024.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">principais eventos astronômicos do ano</a>, o eclipse solar total de 2024 acontecerá no dia 8 de abril. Para quem pretende observá-lo, bem como os próximos fenômenos do tipo, é essencial utilizar óculos de proteção adequados para evitar danos graves aos olhos causados pelos raios solares.O eclipse total acontece quando o Sol, a Lua e a Terra estão completamente alinhados, fazendo com que os raios solares fiquem temporariamente bloqueados. O evento desperta grande curiosidade nas pessoas, que tendem a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127665-olhou-diretamente-para-o-eclipse-veja-como-saber-se-seus-olhos-estao-bem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">olhar diretamente para o astro</a>.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/25/25180901915282.jpg" alt="O eclipse solar total de 2024 não será visível no Brasil. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O eclipse solar total de 2024 não será visível no Brasil. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>No entanto, olhar para o Sol sem óculos para eclipse solar é prejudicial à visão. A prática coloca em risco a mácula, região central da retina responsável pela visualização de cores e detalhes, que pode sofrer uma lesão fotoquímica ao receber doses cumulativas de luz azul e calor.De acordo com o professor de ótica e engenharia biomédica da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, James Zavislan, a combinação leva à degradação da retina. Entre os efeitos de longo prazo, existe a possibilidade de perda permanente da visão.<h2>Como os óculos para eclipse solar protegem os olhos?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/25/25181000937283.jpg" alt="O acessório filtra os raios solares danosos à visão. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O acessório filtra os raios solares danosos à visão. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Trazendo lentes revestidas de mylar, uma película de poliéster com propriedades de isolamento e resistência térmica, os óculos para eclipse solar filtram porções do espectro da luz do Sol que prejudicam os olhos. A luz ultravioleta é uma delas, com o seu bloqueio reduzindo riscos de danos à <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/e-verdade-que-cocar-os-olhos-pode-causar-ceratocone-1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">córnea</a>.Zavislan também destaca que o acessório é capaz de filtrar comprimentos de onda mais próximos das luzes azul e infravermelha, esta última associada ao calor. Já a parte externa possui uma película metálica reflexiva, localizada em um substrato absorvente que atenua os perigos dos raios solares em caso de arranhões nas lentes.Outro detalhe destacado pelo acadêmico é que os óculos para observação do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/como-os-animais-reagem-a-um-eclipse-solar" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eclipse solar total</a> precisam ter certificação ISO 12312-2. O padrão abrange todos os produtos para visualização direta do Sol, reforçando a proteção da visão, lembrando que o usuário deve verificar se o produto apresenta arranhões na lente, inviabilizando a sua utilização.<h2>Óculos de Sol e celulares não são recomendados</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/25/25182456571284.jpg" alt="Apenas os óculos com padrão ISO 12312-2 são recomendados para ver o fenômeno. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Apenas os óculos com o padrão ISO 12312-2 são recomendados para ver o eclipse total. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Na ausência de óculos específicos para observação do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/desvende-9-mitos-por-tras-dos-eclipses-solares" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eclipse solar</a>, algumas pessoas improvisam com o uso de óculos de Sol convencionais ou a câmera do celular. Mas nenhuma dessas opções são recomendadas, conforme Zavislan.Segundo o professor, os óculos comuns não se destinam a proteger os olhos da visão direta nem possuem a certificação necessária, o mesmo acontecendo com as lentes dos smartphones. No caso dos celulares, ainda há o risco de danos ao sensor fotográfico apontado para o Sol.

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Como funcionam os óculos para observação do eclipse total do Sol?

Estudo sugere que o derretimento das geleiras está desacelerando o movimento de rotação da Terra; entenda o que isso significa.

O movimento de translação da Terra, em que ela gira ao redor do sol e completa uma volta a cada 365 dias, não é totalmente linear — ou seja, a cada 4 anos, incluímos um dia ao mês de fevereiro para evitar que distorções se acumulem e deixem o nosso calendário fora de correspondência com o respectivo período do ano.Em se tratando do movimento de rotação, que em teoria dura 24 horas, por incrível que pareça, não é tão diferente assim. Pequenas variações ocorrem de tempos em tempos, mas o ajuste se dá de forma mais sutil. Assim, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123961-segundo-bissexto-saiba-o-que-e-e-por-que-ele-esta-prestes-a-acabar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"segundos bissextos"</a> são incluídos ao nosso relógio pontualmente. Ou melhor, isso ocorreu 23 vezes entre 1972 e 1999.E podem ser vários os motivos que justificam isso, como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118207-como-a-lua-afeta-as-mares-na-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">movimento das marés</a>, influenciado pela Lua, bem como abalos causados por terremotos de grande escala e até mesmo o movimento que ocorre no núcleo da Terra. Segundo um novo artigo publicado na revista Nature, há um novo motivo para incluir nessa lista: o derretimento das geleiras.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/02/02034421993012.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Deslocamento de massa para região equatorial do planeta foi analisada em estudo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Descobertas do estudo</h2>O estudo, publicado no último dia 27, deixa visível que se trata de um impacto adicional das <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128284-7-doencas-que-podem-aumentar-devido-as-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudanças climáticas</a>. O derretimento do gelo, por si só, representa o risco de que cidades desapareçam devido ao aumento do nível do mar.Mas ao considerar esse novo aspecto, há algo que nunca havia sido identificado até então: enquanto as geleiras derretem, esse volume se espalha e se desloca para a região equatorial do planeta. Esse processo, no entanto, por ser expressivo, é capaz de desacelerar o movimento de rotação da Terra.Na prática, isso tornaria o dia um pouco mais longo do que os nossos relógios registram, o que eventualmente exigiria ajustes de tempos em tempos. Por exemplo, o terremoto ocorrido em 2004 na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127939-piramide-localizada-na-indonesia-pode-ser-a-mais-antiga-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Indonésia</a>, que apresentou escala 9,1, acelerou o movimento de rotação, e com isso, pode-se dizer que uma parte do tempo, ainda que imperceptível, foi "roubada".Mas neste caso, ocorre o contrário: ao desacelerar o movimento, o derretimento do gelo aumentaria a duração do dia terrestre. Estes são efeitos percebidos em geleiras que fazem parte de territórios da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128000-derretimento-das-geleiras-da-groenlandia-aumentou-5-vezes-em-20-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Groenlândia</a> e do continente antártico.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/02/02034546714013.jpg" alt="(Fonte: Getty IMages/Reprodução)"><figcaption>Há diferentes motivos que podem afetar o movimento de rotação da Terra, e agora o aquecimento global se tornou um deles. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Mudanças na rotação da Terra</h2>O estudo ainda destaca que o movimento do núcleo da Terra, enquanto desacelera internamente, acaba permitindo que o planeta se mova mais rapidamente — o que tem sido percebido nos últimos anos, vale destacar. Mantida essa aceleração no movimento de rotação terrestre, ela poderia ocasionar a perda de 1 segundo até 2029.Considerando o dano que as mudanças climáticas representam, 1 segundo não parece ser tão grave. Mas para satélites, por exemplo, como seria ajustar um dia com um segundo a menos de duração? Será que há <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/100967-12-vezes-em-que-o-mundo-deveria-ter-acabado-mas-continuamos-aqui.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistemas</a> preparados para isso?Por ora, não há previsão de que isso ocorra, já que, ironicamente, esse deslocamento massivo provocado pelo derretimento das geleiras tende a corrigir esse problema de cronometragem global, devolvendo o 1 segundo que perderíamos devido à menor movimentação do núcleo do planeta.Além disso, apenas em 2026 será avaliada a eventual necessidade de incluir um "segundo bissexto". De toda forma, as complicações associadas ao aquecimento global só se multiplicam e nos forçam a reparar em detalhes que sequer imaginamos.

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Derretimento das geleiras está desacelerando a rotação da Terra

As antigas civilizações geralmente encaravam o desaparecimento do Sol como uma represália dos deuses por comportamentos errados.

No próximo dia 8 de abril, um fenômeno planetário que acontece duas vezes por ano na Terra, e em locais diferentes, irá afetar a vida de milhões de pessoas no México, EUA e Canadá: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281371-esperado-eclipse-solar-total-2024.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um eclipse total do sol.</a> Chamado pelas mídias sociais de Grande Eclipse da América do Norte, o escurecimento do Sol pela Lua começará logo após as 11h da manhã (15h em Brasília) na costa oeste do México.Por mais que entendamos o que significa aquele crepúsculo em plena hora do almoço, imagine o impacto dessa escuridão repentina para pessoas de culturas antigas, como os maias ou os gregos.&nbsp;Não que eles não soubessem o que estava ocorrendo, afirma o professor de antropologia e astronomia da Universidade Colgate, em Nova York, Anthony Aveni ao site WordsSideKick.com. “Qualquer pessoa que preste atenção ao céu saberá muito bem que a lua está bloqueando o sol”, diz ele. Mas, qual o significado do evento?<h2>Eclipses despertam admiração, curiosidade e medo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/29/29171032421036.jpg" alt=""><figcaption>"Dois filósofos assistindo ao eclipse" é uma pintura do francês Pierre Brebiette. (Fonte: Metropolitan Museum of Art)</figcaption></figure></figure>Sociedades e tradições fora do nosso contexto cultural, tanto atuais como passadas, explica Aveni, possuíam uma compreensão muito diferente do mundo natural. Os antigos maias, por exemplo, quando viam eclipses, pensavam qua a Lua estava comendo o Sol, como seus ancestrais comiam os inimigos.“Portanto, para os maias, o eclipse, que acontece no espaço cósmico, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281335-eclipse-solar-total-2024-impressionante-caotico-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">torna-se um lembrete de que a ordem social está sempre em perigo de ficar desequilibrada</a>”, conclui o antropólogo, em uma palestra realizada recentemente no Laboratório de Visualização Ho Tung da Universidade Colgate.Também na antiga mitologia chinesa, eclipses solares eram considerados uma tentativa de devorar o sol, só que por um dragão. Em defeso do astro, as pessoas iam para a rua bater tambores para assustar a besta. Segundo a NASA, dois astrônomos da corte não conseguiram prever o evento em 2.134 a.C., e tiveram suas cabeças cortadas pelo imperador, pois esse encontro entre Sol e Lua era sinal de séria desarmonia.<h2>"Zeus transformou o meio-dia em noite negra"</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/29/29220342792040.jpg" alt="x"><figcaption>Os gregos atribuíam a Zeus o "sequestro" do Sol. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Em todas as culturas do mundo antigo, mesmo aquelas com astronomia avançada, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/como-os-animais-reagem-a-um-eclipse-solar" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o desaparecimento do sol sempre causava uma certa perplexidade</a>. Entre os gregos, o eclipse representava um desagrado dos deuses com os humanos. Tanto que o sumiço do Sol vem da palavra grega “ekleipsis”, que significa "abandono".Às vezes, a mitologia ajudava a compreender o fenômeno.&nbsp;Durante um eclipse solar sobre a ilha grega de Paros, o poeta Arquíloco reagiu: "Nada no mundo pode me surpreender agora. Pois Zeus, o pai dos Olimpianos, transformou o meio-dia em noite negra, protegendo a luz do sol nascente, e agora o terror sombrio paira sobre a humanidade. Qualquer coisa pode acontecer", concluiu.

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Eclipse solar: como as civilizações antigas reagiam ao sumiço do Sol?

Enquanto ocorre um eclipse solar total, diversas mudanças podem ser percebidas. Confira 4 das mais estranhas.

Para os povos antigos, os eclipses solares eram encarados com certo temor. Hoje já entendemos o que explica a sua ocorrência, e também somos capazes de estimar quando eles deverão ocorrer. Mas apesar de termos uma melhor noção sobre o tema, há alguns eventos percebidos simultaneamente a esse fenômeno e que despertam curiosidade e estranhamento na mesma medida.<h2>1. "Aparição" dos planetas em meio à escuridão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/28/28011137183329.jpg" alt="Neste ano, o eclipse solar que ocorrerá em 8 de abril deve favorecer a visualização de Vênus e (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Neste ano, o eclipse solar total que ocorrerá em 8 de abril deve favorecer a visualização dos planetas Vênus e Júpiter. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A redução da emissão da luz solar numa determinada área propiciada pelo eclipse total favorece a visualização de outros astros, e o mesmo se aplica a outros planetas do sistema solar. Inclusive, a oportunidade de ver Saturno, Júpiter, Marte e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124810-venus-pode-ter-mais-de-85-mil-vulcoes-em-sua-superficie.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vênus</a> no eclipse solar total que ocorrerá este ano tem motivado muitos a acompanhar o evento.E como de quebra o sol se encontra em sua fase de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128858-o-sol-esta-passando-por-uma-inversao-de-polos-magneticos-e-agora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maior atividade,</a> há expectativas da possibilidade que uma grande ejeção de massa coronal seja observada.O próximo eclipse solar total será visível na América do Norte, e com receio que um grande contingente populacional se desloque para regiões do interior, habitualmente mais vazias e despreparadas para receber a multidão, os governos locais estão pedindo que as pessoas estoquem alimentos e evitem sair de casa durante o dia 8 de abril, o que nos leva ao próximo tópico.<h2>2. Falhas na transmissão de dados</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/28/28011312097330.jpg" alt="Falhas na transmissão de rádio podem ser percebidas durante um eclipse solar. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Falhas na transmissão de dados podem ocorrer durante um eclipse solar. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Se um grupo de pessoas se deslocar para um local em que o eclipse é mais visível, devido à maior demanda, pode acontecer das redes de comunicações ficarem sobrecarregadas, levando a apagões na internet, por exemplo. Ou seja, o eclipse também pode se tornar sinônimo de um <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281335-eclipse-solar-total-2024-impressionante-caotico-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dia caótico</a> nos dias atuais.Interferências nas ondas de rádio também figuram como outro tipo de falha que ocorre durante os eclipses solares, no entanto, o motivo por trás disso ainda não é inteiramente compreendido.Fato é que o bloqueio da emissão de luz solar, ainda que restrito a uma área e limitado, provoca variações na ionosfera terrestre, afetando a transmissão. Neste ano, teremos uma nova tentativa de monitorar como isso deverá ocorrer para encontrar novas pistas.<h2>3. Animais ficam em alerta</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/28/28011434650331.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Pássaros também reagem ao eclipse. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A observação dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/como-os-animais-reagem-a-um-eclipse-solar" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais</a> se mostra importante nesses momentos, pois eles também reagem ao eclipse solar total da sua própria maneira. Como exemplo disso, algumas espécies de aves se reúnem em bandos. Alguns pássaros noturnos também podem começar a cantar. E uma vez que a escuridão do eclipse domine, aves diurnas tendem a interromper o canto, possivelmente pensando que a noite já chegou.Dentre os artrópodes, há aranhas que desmontam suas teias quando o eclipse solar está em seu ápice. Esse fato é encarado com surpresa, já que elas sequer costumam fazer isso durante a noite.Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128399-chimpanzes-se-lembram-de-rostos-tao-bem-ou-melhor-que-nos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chimpanzés</a>, por outro lado, apresentam um comportamento mais parecido com o nosso: procuram ficar num local bem posicionado para observar o sol ofuscado pela Lua — o que definitivamente não é recomendado para nós, humanos, que temos olhos mais sensíveis, pois olhar diretamente para o sol sem <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127665-olhou-diretamente-para-o-eclipse-veja-como-saber-se-seus-olhos-estao-bem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">proteção adequada</a> leva à cegueira.<h2>4. Queda acentuada de temperatura</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/28/28011521616332.jpg" alt="Um fenômeno chamado de "><figcaption>Um fenômeno chamado de "vento do eclipse" pode ocorrer, a depender da variação de temperatura proporcionada pelo eclipse solar. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Possivelmente esse fator contribui para uma maior percepção dos animais que algo estranho está acontecendo. Durante um eclipse solar, a temperatura cai à medida que a luz solar é bloqueada pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127762-lua-pode-ser-40-milhoes-de-anos-mais-velha-do-que-se-pensava.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a>. Claro, isso é mais evidente se o eclipse ocorrer quando ainda faltam muitas horas para o fim do dia.Neste caso, trata-se de uma mudança que se desdobra de forma mais rápida e intensa do que quando há nuvens bloqueando a visão do sol. Para se ter uma ideia disso, a redução de temperatura pode ser de até 12 graus Celsius durante o eclipse, sendo a maior variação percebida no período em que ele se encontra no seu ápice.Como consequência dessa redução de temperatura, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/108237-13-provas-hilarias-de-que-o-vento-e-uma-ameaca-invisivel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ventos</a> também se comportam de forma diferente e mudam de direção, já que o calor deixa de ser recebido e espelhado pela superfície. Mas depois que a luz solar volta a ser refletida no solo, tudo volta ao normal.

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4 mudanças que podem ser percebidas durante um eclipse solar

As primeiras análises das amostras coletadas pela missão da NASA revelaram detalhes da composição da rocha espacial.

O asteroide Bennu contém um material extremamente raro em rochas espaciais, além de evidências de elementos essenciais para o surgimento da vida na Terra. É o que afirmam os cientistas responsáveis pelas primeiras análises das amostras do objeto celeste coletadas pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116529-missao-historica-da-nasa-coleta-amostras-do-asteroide-bennu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">missão OSIRIS-Rex da NASA em 2020</a>.Detalhes a respeito da composição do Bennu foram revelados durante a Conferência de Ciência Lunar e Planetária no dia 13 de março em Houston, no Texas (Estados Unidos). A presença surpreendente de um reservatório de fosfato de magnésio foi um dos pontos destacados.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/19/19175758260100.jpg" alt="Cápsula com as amostras do asteroide na chegada à Terra após uma longa jornada espacial. (Fonte: NASA/Divulgação)"><figcaption>Cápsula com as amostras do asteroide na chegada à Terra após uma longa jornada espacial. (Fonte: NASA/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Conforme a professora do Laboratório Lunar e Planetário, Jessica Barnes, a equipe inicialmente acreditou se tratar de um “material contaminante”, devido à raridade destas partículas em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116577-asteroide-meteoro-ou-cometa-conheca-as-diferencas-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rochas vindas do espaço</a>. Bastante frágil, o mineral geralmente desaparece durante a entrada na atmosfera terrestre ou logo após o impacto.Para a líder da análise das substâncias fosfatadas, a presença deste material raro nas amostras do asteroide pode ajudar a desvendar os segredos por trás das atividades geológicas do “pai do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116005-nasa-detalha-comportamento-nunca-observado-do-asteroide-bennu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bennu</a>”. Os pesquisadores acreditam que ele é parte de uma rocha muito maior, da qual teria se separado há cerca de 2,7 bilhões de anos.<h2>Carbono e água em abundância</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/19/19175505704099.jpg" alt="Amostras do Bennu coletadas pela missão OSIRIS-Rex. (Fonte: NASA/Divulgação)"><figcaption>Amostras do Bennu coletadas pela missão OSIRIS-Rex. (Fonte: NASA/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Entre os materiais detectados nas amostras, também foram encontradas quantidades consideráveis de glicina, aminoácido essencial na produção de proteínas, e minerais ricos em água como carbonatos, olivina, sulfitos&nbsp;e magnetita. Todos são tratados como evidências de que o pedaço principal e maior possuía boas quantidades de água.Pesquisas feitas por outros cientistas com acesso ao material identificaram, ainda, filossilicatos e mais minerais orgânicos e ricos em água. Isso reforça os resultados das análises preliminares conduzidas por especialistas do Centro Espacial Johnson, da NASA, assim que as amostras pousaram na Terra, em setembro de 2023.As investigações começaram pelos detritos que vazaram do coletor de amostras da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127032-5-missoes-espaciais-inovadoras-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espaçonave</a>. O acesso completo foi liberado apenas em janeiro deste ano, após a remoção de dois parafusos que travavam a tampa do recipiente, quando foram catalogadas 121,6 g de material, bem mais do que o previsto inicialmente.Na ocasião, a agência espacial relatou ter descoberto evidências de “alto teor de carbono e água” utilizando microscópio eletrônico de varredura, medições de infravermelho e análise de compostos químicos, entre outras técnicas. A tomografia computadorizada por raios X também auxiliou na avaliação da composição dos detritos espaciais.<h2>Pesquisando a origem da vida na Terra</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/19/19180033311101.jpg" alt="Os pesquisadores tiveram trabalho para acessar o material no recipiente da espaçonave. (Fonte: NASA/Divulgação)"><figcaption>Os pesquisadores tiveram trabalho para acessar o material no recipiente da espaçonave. (Fonte: NASA/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Uma das hipóteses sobre a origem da vida no nosso planeta é que ela teria surgido a partir do impacto de um asteroide ou meteoro. A queda da rocha espacial pode ter <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279322-teoria-panspermia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espalhado partículas orgânicas fundamentais para a vida na Terra primitiva</a>, contribuindo com as condições ideais para que ela se desenvolvesse.Os filossilicatos detectados no Bennu estão ligados à presença de água nos corpos celestes que caem no planeta, como observa o Live Science. Suspeita-se que eles sejam uma das primeiras moléculas vindas do espaço para semear a vida na Terra.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Q3qiPXP57SE?si=_mLoH20tc5J6bULf" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Daí vem a importância de estudar a composição do asteroide por meio de amostras que não sofreram a mesma degradação das rochas recuperadas após impactos. Conforme a NASA, os estudos do material nas próximas décadas permitirão revelar segredos da formação do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119161-6-grandes-segredos-do-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistema solar</a>, como as substâncias precursoras da vida foram semeadas e a prevenir colisões catastróficas.“Quase tudo o que fazemos na NASA procura responder a perguntas sobre quem somos e de onde viemos. Missões da NASA como a OSIRIS-REx melhorarão nossa compreensão dos asteroides que podem ameaçar a Terra, ao mesmo tempo em que nos dará um vislumbre do que está além”, declarou o administrador da agência espacial, Bill Nelson, em comunicado.<h2>Há risco de colisão do Benu com a Terra?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/19/19180306630102.jpg" alt="A chance de impacto é pequena, mas existe. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A chance de impacto é pequena, mas existe. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Descoberto no dia 11 de setembro de 1999, o asteroide Bennu tem cerca de 500 m de diâmetro e vem sendo observado com atenção pelos astrônomos desde então. Cálculos recentes sugerem que ele vai passar próximo da Terra nos anos de 2060 e 2135, mas sem trazer riscos.Uma nova aproximação está prevista para 2182 e, neste caso, há uma pequena chance de impacto, classificando o objeto celeste como “potencialmente perigoso”. Estima-se a chance de queda de uma em 2.700 para a ocasião, mas até lá a NASA pretende ter desenvolvido formas seguras de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124051-o-plano-de-5-etapas-da-nasa-para-combater-ameacas-de-asteroides.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desviar o curso de rochas espaciais em rota de colisão</a>, acionando-as se necessário.

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