O beijo de 2,8 mil anos: o que se sabe sobre essa descoberta arqueológica?

17/07/2017 às 09:002 min de leitura

Você já tinha visto a imagem acima antes? De acordo com o pessoal do site Rare Historical Photos, a fotografia mostra dois esqueletos humanos que foram descobertos no início da década de 70 em Teppe Hasanlu, um sítio arqueológico que fica no Vale Solduz, no Azerbaijão Ocidental — uma das províncias que pertencem ao Irã.

Segundo os registros históricos, após uma sangrenta batalha, o local onde os esqueletos foram encontrados foi completamente incendiado. O conflito aconteceu por volta do ano 800 a.C. e, de acordo com os arqueólogos, o fogo se espalhou rapidamente pela cidade, mantando inúmeras pessoas — e é provável que as ossadas pertencessem a indivíduos que estavam tentando se esconder de soldados e morreram de asfixia.

Amantes?

Os ossos foram descobertos em uma estrutura usada para armazenar grãos e, com exceção de uma placa de pedra sob a cabeça de um dos indivíduos, nenhum outro artefato foi encontrado, portanto, não existem informações sobre quem eles eram. Com relação à fratura visível no crânio de um dos esqueletos, os pesquisadores concluíram que o dano foi provocado acidentalmente durante as escavações no local — e não foi o que causou a morte desse indivíduo.

"Beijo" eternizado

A imagem, como você viu, mostra um par de pessoas que parecem ter morrido durante um momento romântico, e várias histórias já circularam pela internet sobre o casal. De acordo com Rare Historical Photos, muitas fontes chegaram a divulgar informações de que os esqueletos teriam sido enterrados há mais de seis mil anos, e também que os dois indivíduos seriam do sexo masculino.

Entretanto, análises revelaram que se trata de um homem e uma mulher — ela se encontra no lado esquerdo da foto —, medindo por volta de 1,58 metro de altura cada um, e que o casal faleceu há cerca de 2,8 mil anos, e não há 6 mil, como já foi dito por aí. Os exames apontaram ainda que as duas pessoas morreram juntas, mas, apesar de os dois parecerem estar trocando um beijo, é impossível dizer se realmente era isso o que estavam fazendo quando pereceram.

A posição na qual os esqueletos foram encontrados, no entanto, levou os pesquisadores que os descobriram — liderados por Robert Dyson, da Universidade da Pensilvânia, nos EUA — a apelidar o casal de “amantes”. Contudo, apesar das informações equivocadas que possam circular por aí sobre a fotografia acima, não se trata de uma montagem ou imagem “photoshopada”. As ossadas realmente foram encontradas dessa forma.

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