CRISPR: confira 9 avanços conquistados graças à “edição” genética

09/08/2017 às 09:582 min de leitura

Você já ouviu falar a respeito de uma técnica genética chamada CRISPR? Caso você não saiba do que estamos falando, ela consiste em um método que permite que os códigos genéticos em partes específicas de determinados cromossomos sejam editados. Dessa forma, os especialistas podem lançar mão dessa ferramenta de manipulação para “editar” genes defeituosos para tratar doenças e inclusive evitar o seu surgimento, por exemplo.

Essa tecnologia ainda é bastante nova e se encontra em pleno desenvolvimento. No entanto, de acordo com Brad Bergan, do site Futurism, durante este ano já foram conquistados vários avanços pra lá de importantes — como esses que você pode conferir a seguir:

1 – Conforme noticiamos aqui no Mega Curioso há alguns dias, médicos norte-americanos conseguiram “consertar” a mutação de um embrião para que ele não desenvolvesse uma condição cardíaca potencialmente fatal chamada cardiomiopatia hipertrófica, que afeta uma em cada 500 pessoas.

2 – Em maio deste ano, pesquisadores anunciaram que a CRISPR foi usada com sucesso para extrair completamente o vírus HIV de um organismo vivo. A técnica foi aplicada em três modelos animais e tem potencial de ser usada em humanos no futuro. O time responsável por esse estudo também conseguiu prevenir o progresso da infecção aguda latente.

3 – Também em maio foi revelado que a técnica havia sido usada com sucesso em ratinhos de laboratório para criar um gene “aniquilador” de cânceres capaz de reduzir o tamanho de tumores em animais portadores de células humanas que dariam origem ao câncer de próstata e de fígado.

4 – Ainda com relação a avanços na cura do câncer, em junho cientistas anunciaram que a ferramenta havia sido empregada para atuar sobre uma proteína — chamada Tudor-SN — envolvida na divisão celular e que eles haviam conseguido reduzir a velocidade de desenvolvimento de células cancerosas.

5 – A CRISPR foi empregada para estimular os mecanismos de autodefesa de superbactérias resistentes aos antibióticos a se voltarem contra esses organismos e os levar a “cometer suicídio”.

6 – O método poderá ser usado para acabar com doenças transmitidas por meio da picada de mosquitos, como é o caso da dengue, por exemplo. Para isso, os cientistas estão encontrando formas de “editar” os genes relacionados com a fertilidade dos insetos de forma a limitar a sua reprodução.

7 – No início de julho, foi anunciado que um time de pesquisadores tinham conseguido editar o gene responsável pela Doença de Huntington — uma condição hereditária caracterizada pela falta de coordenação motora e que pode afetar a personalidade e certas habilidades mentais dos portadores — de ratinhos de laboratório, fazendo com que a condição, em vez de progredir, regredisse. Logo a mesma técnica poderá ser testada em humanos.

8 – Além da área médica e da saúde, cientistas estão estudando formas de usar a CRISPR para obter biocombustíveis sustentáveis. Uma das iniciativas consiste em “editar” o código genético de algas para elas produzam o dobro de biocombustível que o normal.

9 – Também durante este ano, pesquisadores usaram a CRISPR para “gravar” imagens e GIFs animados em DNA — com o objetivo de desenvolver gravadores moleculares que funcionam para capturar o que ocorre no interior da célula ou em seu ambiente e que permitirão que cientistas acessem as informações sem a necessidade de invadir ou interferir na organela.

Vale mencionar que, se você ficou ligeiramente preocupado com as consequências desse “recorta e cola” genético, segundo Brad do Futurism, a DARPA — Defense Advanced Research Projects Agency (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos EUA) — recentemente investiu US$ 65 milhões em um projeto focado em melhorar a precisão da técnica e garantir que ela seja usada de forma segura e ética no futuro.

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