Será que quem tem orelhas maiores ouve melhor?

30/08/2017 às 05:152 min de leitura

Se você é do tipo “Mega Curioso” e não resiste ficar indagando sobre as maravilhas que vê por aí, alguma vez aconteceu de você se deparar com alguém dotado de orelhas maiores do que o normal e se perguntar se, por isso, essa pessoa poderia ter maior capacidade auditiva do que as demais?

Será que tamanho é documento?

Pois, apesar de existir uma vasta variedade de formatos e tamanhos de orelhas entre os seres humanos, a verdade é que essa variação não influencia no poder auditivo de ninguém. Você não ficou satisfeito com essa pequena dose de curiosidade e quer saber mais sobre esse papo de orelhinhas e orelhões? Então, continue com a gente!

Oi?

De acordo com Jennifer Sellers, do site How Stuff Works, a parte externa das nossas orelhas — que, tecnicamente, se chama “pina” — tem como funções principais proteger o canal auditivo e ajudar a conduzir os sons até ele. Entretanto, o tamanho da pina não interfere em qualquer dessas atividades.

Nem mesmo o formato das orelhas parece ter um impacto muito significativo na capacidade auditiva das pessoas, uma vez que, embora existam incontáveis orelhas diferentes entre os humanos, as estruturas básicas são mais ou menos as mesmas para todo mundo — com exceção, claro, daqueles que nascem ou adquirem alguma deformação.

Vasta gama de variedades

Na realidade, são os mecanismos internos que têm papel crítico na nossa capacidade auditiva. Os nossos ouvidos contam, por exemplo, com milhares de células ciliadas que funcionam como receptores de som — e, segundo Jennifer, são elas que ajudam a transmitir os estímulos auditivos ao cérebro, que, por sua vez, processa esses sinais e os decodifica de forma que possamos compreender o que ouvimos.

O tamanho das orelhas, contudo, não interfere no funcionamento das estruturas que compõem o ouvido interno. Tanto que, como você deve saber, as nossas orelhas aumentam de tamanho conforme envelhecemos — ao longo de um período de 50 anos, elas crescem por volta de 1 centímetro. Entretanto, a nossa capacidade auditiva não aumenta com a idade, certo?

Pelo contrário! A perda auditiva resultante do envelhecimento é um processo acumulativo, e cerca de um terço dos adultos é diagnosticado com redução significativa na capacidade de ouvir ao atingir 75 anos de idade. Mas, já que estamos falando em tamanho de orelhas, nem mesmo em outras espécies do Reino Animal esse fator está necessariamente ligado a uma melhor habilidade auditiva.

Orelhas, orelhinhas e orelhões

Veja o caso dos morcegos e das chinchilas, por exemplo, que são animais notadamente orelhudos. Segundo Jennifer, apesar de serem dotados com orelhas grandes, seus ouvidos estão adaptados para detectar frequências sonoras bem diferentes: os morcegos podem ouvir na faixa dos 2 mil ao 110 mil hertz, enquanto as chinchilas escutam dos 90 ao 22,8 mil hertz.

Aliás, na maioria dos casos, os “orelhões” não guardam relação com a capacidade auditiva dos animais, mas servem mais como mecanismo de regulação de temperatura corporal, uma vez que ajudam os bichos a perder calor. Você já reparou que os elefantes-africanos (que vivem em climas mais quentes) têm orelhas bem maiores do que os elefantes-asiáticos (que vivem em locais onde as temperaturas são um pouco mais amenas)? Confira as duas espécies a seguir:

Elefante-africano x elefante-asiático

De acordo com Jennifer, essa diferença é um excelente exemplo do que acabamos de explicar — de que esses órgãos ajudam a redirecionar o calor do corpo e estão mais relacionados com a regulação da temperatura do que com a capacidade auditiva.

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