Estão chamando este esqueleto de 2 mil anos de “Bela Adormecida”

28/06/2018 às 07:002 min de leitura

Arqueólogos russos se depararam com uma sepultura bem interessante recentemente na Sibéria. Nela, o time se deparou com um caixão de pedra contendo o corpo parcialmente mumificado de uma jovem mulher que viveu durante o século 1 — isto é, há cerca de 2 mil anos — e uma porção de artefatos, entre eles um espelho, objeto que rendeu a ela o apelido de “Bela Adormecida”.

Mas essas não são as únicas coisas interessantes sobre a descoberta.  De acordo com Michelle Star, do site Science Alert, o local onde a tumba foi encontrada fica às margens do Rio Yenisei que, por sua vez, fica próximo a uma imensa represa que alimenta uma hidrelétrica e, desde a década de 80, o sítio permanece quase todo o ano submerso. Esse fator, aliás, foi o que provavelmente ajudou a preservar tanto o esqueleto como os artefatos enterrados com a jovem.

Descanso de milênios

Como a região fica inundada boa parte do ano, os arqueólogos têm uma “janela” para explorar a região entre maio e junho, quando as águas da represa recuam um pouco. A sepultura foi encontrada em maio deste ano e, segundo os pesquisadores, embora a parte superior do corpo da jovem tenha se decomposto, a parte inferior passou por um processo de mumificação natural.

Esqueleto em caixão de pedraA "Bela Adormecida" (The Siberian Times/Marina Kilunovskaya)

E como os restos mortais permaneceram selados no interior do caixão de pedra por todo esse tempo, o ambiente local ajudou a manter artefatos e inclusive tecidos — como pele e outras estruturas orgânicas — intactos. Segundo Michelle, os arqueólogos ainda não conseguiram estabelecer quem era a jovem no interior da sepultura, mas os objetos que eles encontraram com ela sugerem que ela uma nômade huna.

Corpo mumificadoParte preservada do corpo da jovem (The Siberian Times/Marina Kilunovskaya)

Os artefatos e o esqueleto ainda precisam ser devidamente examinados, mas o corpo foi encontrado “vestido” com roupas (provavelmente) de seda, um cinto feito de contas com um fecho que parece adornado com alguns padrões e, acomodada próximo à cabeça da jovem, uma caixinha de madeira contendo um espelho chinês. Todos esses elementos indicam que a mulher era um membro respeitado pelo grupo ao qual ela pertencia e que a moça podia ter origens nobres.

Os arqueólogos também encontraram no interior do caixão utensílios de cerâmica e dois recipientes contendo o que eles identificaram como “refeições funerárias”. Um desses dois potes consiste em um vaso típico da cultura huna, e os pesquisadores ainda acharam uma bolsinha colocada no peito da moça contendo frutos secos — práticas comuns nos sepultamentos hunos.

Sítio arqueológicoLocal onde a sepultura foi descoberta (The Siberian Times/Marina Kilunovskaya)

Agora os arqueólogos — liderados por Marina Kilunovskaya, do Instituto para a História da Cultura Material de São Petersburgo, na Rússia — deverão continuar as análises nos artefatos descobertos para tentar descobrir mais sobre a intrigante ocupante da sepultura. Interessante, você não concorda?

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