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Cometa que causou a chuva de meteoros Perseidas pode se chocar com a Terra

24/08/2018 às 11:522 min de leitura

Nos últimos anos, a chuva de meteoros Perseidas tem tomado conta dos noticiários durante o mês de agosto. A visualização do evento exige um pouco de empenho, pois não é tão intenso a ponto de ser visto por um longo período, e seu pico geralmente acontece no meio da madrugada.

A sua beleza é indescritível, mas os pontos de luz que surgem no céu têm como origem o cometa 109P/Swift-Tuttle, que está passando cada vez mais perto da Terra.

P de periódico

O cometa 109P/Swift-Tuttle foi descoberto em 1862 por dois cientistas, de forma independente — Lewis Swift e Horace Parnell Tuttle, ambos astrônomos dos EUA. Sua órbita é bem diferente, quando comparada à dos planetas do Sistema Solar, completando um ciclo ao redor do Sol a cada 133 anos.

Essas passagens periódicas fazem com que ele seja afetado pelo calor do Sol, liberando um enorme campo de gelo e rochas, com um diâmetro estimado de 16 milhões de quilômetros e comprimento de 120 milhões de quilômetros. Os detritos liberados pelo cometa, que ocupam esse gigantesco setor do espaço, causam a chuva de meteoros Perseidas  associada ao corpo celeste somente em 1865, pelo astrônomo italiano Giovanni Schiaparelli.

Tirando uma fina

O que preocupa os pesquisadores é que, a cada passagem do cometa próximo à Terra, a distância tem diminuído. Em 1992, ele passou a 176 milhões de quilômetros de nós, mas em 2126 esse valor será muito menor: 22,7 milhões de quilômetros. Já em 3044, a distância passará para menos de 1 milhão de quilômetros — quase de raspão, quando consideramos a distância em termos espaciais.

Os cálculos garantem uma distância segura entre a Terra e o cometa até 4479, pois a cada passagem perto do Sol ele libera material, o que reduz sua massa e afeta sua órbita. Essas quantidades não são precisas e, por isso, não é possível apontar com exatidão a trajetória do cometa em um data tão longínqua.

Como a possibilidade de colisão existe, apesar de pequena, ele foi considerado pelo radioastrônomo Gerrit Verschurr o “objetos mais perigoso conhecido pela humanidade”. Com 26 quilômetros de diâmetro, ele é duas vezes maior que o asteroide que provavelmente extinguiu os dinossauros.

Como o cálculo do impacto não é diretamente proporcional ao tamanho, a força da colisão seria 27 vezes maior do que a do evento de extinção. Como forma de comparação, o astrofísico Ethan Siegel publicou um texto na Forbes explicando que uma colisão com um objeto dessa magnitude "liberaria mais de 1 bilhão de megatons de energia: algo equivalente a 20 milhões de bombas de hidrogênio explodindo de uma só vez".

Se esse evento realmente acontecer, só estaremos vivos se alguma técnica de rejuvenescimento dos nossos corpos for descoberta nas próximas décadas. Enquanto isso, a NASA traça planos para evitar que uma catástrofe como essa aconteça e a chuva de meteoros possa ser apreciada com tranquilidade.

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