Pesquisa mostra que não existe quantidade segura para o consumo de álcool

10/09/2018 às 08:302 min de leitura

Em um mundo ideal, existiria o famoso almoço grátis, mas infelizmente não é assim que as coisas funcionam. Às vezes, o custo-benefício pode ser bem vantajoso, mas para tudo existe um preço a se pagar. Por mais que algumas pesquisas apontem benefícios no consumo pequenas doses de álcool de forma regular, a última não trouxe boas notícias para quem gosta de um bom happy hour.

Riscos calculados

Para chegar à sua triste conclusão, a  equipe utilizou diversas fontes de dados, incluindo no estudo 694 trabalhos sobre o consumo individual de álcool e 592 prospectivos e retrospectivos a respeito do risco de uso de álcool.

O time também aproveitou dados do Estudo de Carga Global de Doenças de 2016, um levantamento anual que investigou as principais causas de doença e morte em todo o mundo, analisando informações de 195 países, no período entre 1990 e 2016. Especificamente esses dados mostraram que 12% das mortes de homens, com idade entre 15 e 45 anos, podem ser atribuídas ao álcool.

Inicialmente, a equipe liderada pelo pesquisador sênior da Universidade de Washington, Max Griswold, procurou saber a partir de qual quantidade o consumo de álcool aumentava os riscos de desenvolvimento de doenças, mas os resultados foram assustadores, pois qualquer valor já os eleva.

Os debates sobre os benefícios de se beber moderadamente, e o quanto seria esse moderado, continuam existindo. Pesquisas, como uma elaborada pela Escola de Saúde Pública de Harvard, apontam que álcool em quantidades moderadas beneficia o coração e o sistema circulatório, mas esse valor médio acaba variando de um estudo a outro, considerando de uma a quatro doses.

O gráfico acima mostra bem a relação: o eixo horizontal indica a quantidade de doses e o vertical, os riscos envolvidos no consumo de bebidas alcoólicas. Esse estudo, segundo Griswold, acaba com o mito da dose benéfica. Embora existam pequenos benefícios em beber moderadamente, como prevenir ataques cardíacos, no geral os custos acabam sendo muito superiores.

Consumo sem desculpas clínicas

"Muitas das evidências que tratam o álcool como algo benéfico se baseiam em um resultado: doença isquêmica do coração ou apenas um ataque cardíaco, mas descobrimos que havia um efeito protetor mínimo, se existir. Além disso, encontramos uma bateria inteira de cânceres, lesões e distúrbios mentais associados ao uso de álcool", afirma Griswold.

A conclusão do pesquisador é a seguinte: não se deve iniciar uma caça às bruxas em relação ao álcool, mas sim desmistificar o tema e aceitar que o consumo é prejudicial, não importa a dose. É claro que pouquíssimas pessoas vão deixar de beber pelo resultado da pesquisa; contudo, assim como no caso de outros alimentos e hábitos que também são prejudiciais, precisamos ter a consciência do que estamos fazendo.

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