87 elefantes são encontrados mortos em reserva ambiental no Botswana

12/09/2018 às 05:302 min de leitura

Quando se fala em agressão ao meio ambiente, pensamos prontamente no aquecimento do planeta e em todas as suas consequências catastróficas. Porém, uma questão que acaba passando batida nos últimos tempos diz respeito à caça predatória de animais selvagens. A facilidade com que se abate um animal selvagem, com o auxílio de armas sofisticadas e toda a tecnologia disponível atualmente, acaba tornando essa disputa injusta, pois em um contexto natural os desafios seriam muito maiores.

Diversas entidades tentam evitar que espécies sejam extintas, promovendo campanhas e criando áreas de preservação ambiental em que é feito o controle da entrada de todo visitante. Mesmo assim, sabemos bem que, quando existe dinheiro envolvido, pessoas são capazes de fazer o impossível para obter lucro às custas de animais indefesos.

Massacre por marfim

A Elephant Without Borders (Elefantes Sem Fronteiras), organização de caridade dedicada à conservação da vida selvagem e de recursos naturais, identificou a carcaça de 87 elefantes próximo a um santuário protegido, em Botswana, que foram mortos e mutilados para a retirada das presas.

Os animais foram identificados durante um voo de rotina, enquanto era feita uma contagem dos elefantes do santuário. Em entrevista à BBC, o membro da organização, Mike Chase, disse estar chocado com a situação: "o número de elefantes mortos é, de longe, o maior que eu já vi ou li, considerando qualquer lugar da África até hoje".

A maioria dos elefantes foi abatida, no mínimo, uma semana antes da descoberta, além de três rinocerontes que foram mortos três meses antes. As intenções se mostram bem claras, considerando o que foi deixado para trás: “todas tiveram seus crânios cortados para a remoção das presas. Os caçadores tentam ocultar seus crimes colocando muitos arbustos secos sobre as carcaças, tornando mais difícil a identificação posterior”, explica Chase.

Tragédia anunciada

De acordo com o Great Elephant Census, levantamento que busca manter atualizadas a quantidade e a distribuição de elefantes pelo mundo, Botswana é lar do maior número de animais do mundo: abriga 37% da espécie. A mesma fonte de dados mostra que, de 2007 a 2014, a população de elefantes diminuiu 30%, mesmo 84% deles vivendo em áreas de preservação.

Em Botswana, a política de proteção dos animais era bastante rígida, a ponto de os guardas das reservas terem permissão para matar caçadores ilegais. No entanto, muita coisa mudou quando o atual presidente, Mokgweetsi Masisi, assumiu o poder e retirou armamento militar e outros equipamentos do Departamento de Vida Selvagem e Parques Nacionais do país, sem qualquer explicação. Segundo a BBC, antes desse movimento político, eram raros os casos em que caçadores ilegais conseguiam matar tantos animais em um período tão curto.

Para Chase, “os caçadores ilegais agora estão apontando suas armas ao Botswana. Temos a maior população de elefantes do mundo, e parece que a estação de caça foi aberta”. Para que as medidas de preservação da vida selvagem sejam eficientes, é necessário que todas as esferas da sociedade assumam a parte que lhes cabe. A extinção de espécies só aumenta o desequilíbrio na natureza e piora a situação de todos em longo prazo.

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