Receber transfusão de sangue de um tipo diferente do seu pode ser perigoso?

13/09/2018 às 04:332 min de leitura

Transfusão de sangue é coisa séria. Não é à toa que, para ser doador um voluntário, é preciso responder a um extenso questionário, no qual se declara a presença ou não de determinadas doenças, atividades ou comportamentos que possam prejudicar a qualidade do sangue.

Um dos cuidados essenciais durante o processo todo é garantir que o receptor receba o tipo certo de sangue. Mas, afinal, o que pode acontecer com o corpo se alguém receber uma variedade diferente da sua? E será que toda inversão causa o mesmo problema?

A resposta é: depende! Os glóbulos vermelhos, que compõem o soro sanguíneo, possuem o que se chama de antígenos do sistema ABO. Além disso, outro grupo de antígenos influencia no processo, o fator Rh. Juntando esses dois fatores, temos os tipos sanguíneos já conhecidos: A, B, O, AB, e os fatores positivo e negativo.

Quando se diz por aí que o O Negativo é o "doador universal", isso significa que, não importa o seu tipo sanguíneo, você pode recebê-lo em seu organismo se, eventualmente, precisar de uma doação de sangue. Por outro lado, o AB é o "receptor universal"; ou seja, qualquer tipo sanguíneo pode doar para quem é AB. Quem é A pode doar para A e AB, e quem é B pode doar para B e AB.

Então, se uma pessoa receber um tipo que não for exatamente igual ao dela, mas compatível com esses tipos, é mais comum que não aconteçam reações mais complexas à transfusão de sangue. O grande problema é quando o tipo sanguíneo que doa é totalmente incompatível — por exemplo, um AB doando para um O, ou um A doando para um B.

Nesses casos, pode se desencadear um conjunto de sintomas conhecido como reação transfusional hemolítica. Como não reconhece aquela substância, o corpo a enxerga como um inimigo e inicia um processo de combate.

A gravidade da reação depende de várias questões, e é essencial que exista um acompanhamento médico. Os sintomas podem começar com febre, prurido, urticária, calafrios e até mesmo uma taquicardia leve, mas é possível que a reação evolua para desdobramentos mais graves, como edema agudo de pulmão, que pode ocasionar a morte do receptor.

No entanto, as chances de isso acontecer são baixas, uma vez que o controle de tipo sanguíneo na hora da doação é extremamente rigoroso.

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