Equipe de arqueólogos acredita ter descoberto um anel de Pôncio Pilatos

30/11/2018 às 11:362 min de leitura

Mesmo aqueles que não são cristãos ou não são muito fãs de religião sabem quem foi Pôncio Pilatos, não é mesmo? Pois um time de pesquisadores acredita que um anel encontrado no Deserto da Judeia, em Israel, pode ter pertencido ao antigo governador romano — o homem que, segundo as Sagradas Escrituras, condenou Jesus Cristo a morrer na cruz.

Limpeza

Na verdade, o artefato foi descoberto juntamente com uma porção de outros itens durante escavações realizadas há 50 anos, no final da década de 60, mais especificamente, nas ruínas de um antigo palácio conhecido como Heródio, situadas não muito longe de Jerusalém. Confira abaixo:

Ruínas em Jerusalém(Times of Israel/Universidade Hebraica/G. Foerster)

O anel em questão, feito de uma liga de bronze, não chamou muito a atenção dos arqueólogos na época — o que, vendo o estado do adereço de 2 mil anos, não é de se estranhar. Mas análises recentes realizadas na peça revelaram que o objeto pode, potencialmente, ser de extrema significância histórica.

Suposto anel de pilatos(Times of Israel/Universidade Hebraica/J. Rodman/C. Amit/IAA Departamento de Fotografia)

Após submeter o anel a uma bela limpeza e capturar imagens por meio de uma câmera especial, os pesquisadores identificaram a figura de uma taça de vinho e inscrições em grego que, traduzidas, significam “Pilatos”. Mas, será que o se trata de algo que pertenceu ao infame romano dos evangelhos?

Impossível dizer

De acordo com os cientistas conduzindo as análises, embora seja impossível determinar quando, exatamente, o anel foi fabricado, o objeto foi descoberto em um pequeno jardim anexo à varanda de um aposento cujas camadas continham fragmentos de vidro, cerâmica, pontas de flecha, artefatos de metal e uma grande quantidade de moedas da época da Primeira Revolta Judaica.

Ruínas em Jerusalém(Times of Israel/Abir Sultan/FLASH90)

Os itens foram datados e são anteriores ao ano 71 — e os pesquisadores explicaram que não existem registros de outros “Pilatos” do mesmo período. Além disso, conforme defende o time, o anel devia ser bastante valioso em sua época e, sendo assim, deveria ser de propriedade de alguém importante. Por outro lado, alguns estudiosos apontaram que esse era um apelido romano bastante comum e, portanto, não se pode descartar a possibilidade de que o anel pertencesse a um legionário qualquer que tenha participado das revoltas.

Vale destacar que, com base nos registros históricos disponíveis, Pôncio Pilatos foi o quinto governador da província romana da Judeia, e exerceu seu mandato entre os anos de 26 e 36, durante o reinado do Imperador Romano Tibério, e teria falecido em algum momento entre os anos de 36 e 39, na Gália — o que significa que Pilatos não morreu muito depois de (segundo a tradição cristã) mandar pregarem Cristo na cruz.

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