Cientistas propõem novo método para descobrir o sexo de ossadas antigas

05/12/2018 às 15:002 min de leitura

Nós aqui do Mega estamos sempre compartilhando notícias de esqueletos ou ossadas humanas que foram descobertas pelo mundo — algumas com muitas décadas, mas também aquelas que têm vários séculos e até milênios de antiguidade. E a tecnologia atual permite que uma porção de coisas seja determinada a partir da análise dos ossos, como a possível causa da morte, a idade aproximada do falecido, qual era a dieta do indivíduo e inclusive o sexo.

Tarefa complicada

No entanto, quando o assunto é definir o sexo de um esqueleto antigo, especificamente, a tarefa nem sempre é fácil. De acordo com Vicente Fernández López, do site Quo.es, quando se trata de ossadas de adultos, os cientistas geralmente examinam a estrutura dos ossos, já que os dos homens costumam ser mais robustos, e também o tamanho da pelve, por exemplo, uma vez que ela costuma ser mais larga nas mulheres do que em pessoas do sexo masculino.

Esqueletos humanosEsqueletos de 700 anos que foram descobertos de mãos dadas na Inglaterra (History)

Contudo, a pelve costuma ir se estreitando conforme as mulheres vão envelhecendo, e em crianças, essa e outras características nem sempre estão presentes, sem falar que os cientistas podem se deparar com indivíduos que nasceram com alguma anomalia. Assim, segundo Vicente, para ter certeza absoluta, o mais seguro mesmo é apelar para os exames de DNA, que, infelizmente, podem ser bastante caros.

Entretanto, uma equipe da Universidade da Califórnia desenvolveu uma nova técnica para ajudar na identificação do sexo de esqueletos — uma que, conforme acreditam, é mais simples e que pode tornar a tarefa mais fácil. Os especialistas sugerem a análise dos dentes, mais especificamente, dos vestígios de uma proteína chamada amelogenina, que é produzida durante a formação do esmalte dentário.

Canjicas

De acordo com os pesquisadores, enquanto os homens apresentam a amelogenina X e Y, as mulheres têm apenas a amelogenina X. Pois, durante os exames realizados em 40 amostras — coletadas de 25 esqueletos de adultos e crianças originários dos EUA e do Peru, datados entre 100 e 7,3 mil anos —, os cientistas encontraram a proteína “X” em todas elas, ao passo que a “Y” foi detectada apenas em metade dos materiais, sugerindo que esses com o par XY eram amostras provenientes de pessoas do sexo masculino.

Várias caveirasCaveirinhas (Quo.es)

Conforme explicou Vicente, o método ainda precisa ser aperfeiçoado, mas, pode é inegável que ele pode se tornar uma ferramenta bastante útil (e mais barata) na identificação de ossadas humanas. E você deve estar se perguntando o que acontece no caso de esqueletos banguelas ou cujas cabeças estejam faltando, não é mesmo? Bem, aí, caro leitor, o jeito é apelar para as técnicas tradicionais e, se mesmo assim ficar a dúvida, se preparar para desembolsar uma graninha para a realização dos exames de DNA.

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