Os ossos do corpo humano podem mesmo prever mudanças climáticas?

03/05/2019 às 02:301 min de leitura

A expressão “sentir nos ossos” geralmente remete a algo que sabemos intuitivamente. Em termos mais literais, a ideia por trás da frase muitas vezes está ligada à previsão do tempo. Ou, pelo menos, é o que afirmam alguns pacientes com articulações fragilizadas. Porém, será que o corpo humano é realmente capaz de prever mudanças no clima? Acredite se quiser, mas a medicina moderna indica que a resposta é: pode ser que sim!

Os primeiros estudos relacionados ao assunto aconteceram em 1990, com um projeto bastante simples: quatro pacientes com artrite foram submetidos a mudanças de pressão semelhantes às que acontecem quando há alteração no clima. A doença é caracterizada pela inflamação dolorosa e rigidez nas juntas. Três dos participantes submetidos ao estudo sentiram, de fato, mais dor no momento em que a pressão foi menor. 

Em 2007, um estudo dos relatos de dor nas articulações de mais de 200 pacientes, também com artrite, constatou um padrão entre as mudanças climáticas e o aumento das dores. Outras pesquisas, de 2011 e 2014, acabaram encontrando resultados similares, percebendo que alguns participantes realmente apresentavam maior sensibilidade às variações do tempo.

Embora ninguém saiba ao certo como ou porquê, os estudos revelam que articulações enfraquecidas podem, efetivamente, apresentar maior sensibilidade às mudanças na pressão atmosférica. Ainda assim, algumas teorias circulam por aí.

A primeira delas está ligada à ideia de que a queda de pressão causa a expansão do líquido que lubrifica as juntas – o que pode ocasionar inflamação em quem tem as articulações comprometidas. Outra teoria é que a baixa pressão acaba revelando dores que sempre estiveram lá, uma vez que a produção de cortisol e adrenalina (supressores naturais de dor) do corpo diminuem quando a pressão atmosférica baixa.

Ainda que meio incerto, a maior parte dos médicos concorda que mudanças climáticas podem mesmo afetar algumas pessoas com dores crônicas nas juntas. Mas vale testar se a teoria se aplica na prática antes de se mudar para uma localidade de clima mais quente.

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