Esta é a imagem mais profunda do Universo já capturada do espaço

01/02/2019 às 04:302 min de leitura

A imagem que você acabou de ver acima pode até parecer uma pintura abstrata ou uma estrutura cristalina, mas, na realidade, ela consiste em uma captura do Hubble que foi reprocessada e revela novos detalhes que até então não estavam visíveis no registro original. Mais especificamente, se trata da atualização de uma imagem obtida pelo telescópio espacial em 2004, mas que agora mostra a enorme quantidade de luz ao redor das galáxias estudadas pelo equipamento na época.

Atualização brilhante

De acordo com Michael Irving, do site New Atlas, o reprocessamento foi conduzido por cientistas do Instituto de Astrofísica de Canarias e da Universidade de La Laguna, ambas instituições espanholas, e levou cerca de 3 anos para ser concluído. O trabalho, aliás, consiste na imagem mais profunda do cosmos já capturada do espaço, e foi criado a partir da combinação dos registros obtidos pelo telescópio de uma região do Universo chamada Campo Ultra Profundo de Hubble.

(New Atlas/IAC)

Esse processo de combinação – realizado a partir de centenas de capturas – permitiu que os astrofísicos pudessem recuperar uma imensa quantidade de luz que não aparecia na foto divulgada há vários anos, brilho esse emitido pelas estrelas que compõem as maiores galáxias da região estudada pelo Hubble. No entanto, não pense que a nova imagem se limita a simplesmente ser uma mera versão mais “artística” da original.
Segundo os cientistas que trabalharam no reprocessamento, a luz gerada pelas galáxias e que havia se “perdido” no registro original equivale à emitida por uma galáxia completa. Isso significa que muitas das galáxias retratadas são bem maiores do que se pensava, algumas apresentando o dobro do tamanho estimado no passado.

Para criar a atualização, os astrofísicos combinaram a imagem original de longa exposição de 2004 com capturas obtidas em 2009, quando a câmera Wide Field Camera 3 (WFC3) foi instalada por astronautas no Hubble e a primeiro registro foi atualizado. Esse equipamento realizou mais de 230 horas de observações em 2012, o que permitiu mais obtenções de dados do Campo Ultra Profundo e a geração de uma imagem mais detalhada.

Agora, os cientistas divulgaram o resultado de mais uma atualização, resultado do desenvolvimento de um novo método de processamento que permite uma melhor combinação de imagens individuais capturadas tanto pela WFC3, como pelo telescópio propriamente dito – técnica que permitiu que a luz emitida inclusive pelos objetos mais distantes e menos brilhantes fosse recuperada. Bacana, né?

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