Cobra com 5 metros e 73 ovos é capturada na Flórida

12/04/2019 às 12:092 min de leitura

Uma píton birmanesa de 5,1 m de comprimento foi capturada na Reserva Nacional Big Cypress e é a maior já encontrada no local. Com 63 kg, ela provavelmente também está entre as maiores pítons da Flórida, mas o que realmente chamou a atenção das autoridades foi a quantidade de ovos que ela tinha dentro do corpo: 73!

“É um número muito acima da média”, explicou David Penning, professor assistente de biologia da Missouri Southern State University, ao site Live Science. “O normal é esperar algumas poucas dúzias, no máximo 40 ou 50 ovos. Mas isso se você tentasse criar esses animais e, é claro, tivesse uma boa temporada”.

Esta cobra em particular foi encontrada depois que pesquisadores marcaram uma píton macho com um transmissor de rádio e a seguiram em sua busca por uma nova companheira. Esse método os ajuda a localizar cobras invasoras e coletar dados para pesquisas, de acordo com a postagem que a reserva publicou no Facebook.

A invasão da píton birmanesa

(Reprodução/Sarah L. Stewart)

A píton birmanesa pode ser considerada uma verdadeira praga na Flórida. Acredita-se que elas tenham se espalhado pelo estado por conta de tutores que resolveram libertá-las na natureza e furacões que as ajudaram a fugir de cativeiro. Naturalmente, o fato de que elas têm tantos filhotes por vez acaba complicando a situação. 

Essas cobras costumam se reproduzir na primavera. Seus ovos ocupam tanto espaço dentro delas que elas não demoram a colocá-los em uma pilha perfeitamente cônica. Então, ficam perto deles para mantê-los aquecidos. Como você deve imaginar, a presença constante dessa mãe acaba inibindo o ataque de predadores em potencial.

Quando os ovos abrem, os filhotes seguem caminhos separados da mãe. Contudo, o local onde elas viverão depende do tamanho delas e das possíveis presas. Basicamente, cobras grandes predam animais grandes e cobras pequenas predam animais pequenos. Algumas, inclusive, se alimentam de espécies aquáticas!

Isso faz com que a píton birmanesa seja capaz de se alimentar de ratos a cervos. Desde que essas cobras começaram a invadir a Flórida, avistamentos de coelhos, raposas, guaxinins, veados e gambás na região pantanosa do estado caíram em mais de 90%, de acordo com um estudo que a revista científica Proceedings of National Academy of Sciences conduziu em 2011.

Por outro lado, a píton birmanesa está em risco de extinção no seu habitat, o sudeste asiático. O principal motivo para isso é que o couro dessa cobra é largamente empregado para a produção de acessórios. “É um problema tão grande por lá que a população é monitorada e aumentada”, contou Penning. “Exatamente o oposto da Flórida”.

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