Algas tóxicas podem ser as responsáveis por mal de Alzheimer em golfinhos

12/04/2019 às 12:092 min de leitura

Os golfinhos da Flórida estão frequentemente expostos a proliferação de algas tóxicas e isso afeta diretamente o cérebro dos mamíferos cetáceos, uma vez que possuem sinais de neurodegeneração semelhantes aos observados em pacientes humanos com a doença de Alzheimer.  

Composição das algas

As flores de algas tóxicas contém uma neurotoxina chamada β-metilamino-L-alanina (BMAA) ao ser ligada à β-amilóide, uma proteína envolvida na doença de mal de Alzheimer, demonstraram algumas alterações cerebrais em primatas não humanos. Além dessa descoberta, há sinais de BMAA no cérebro de pessoas falecidas que possuíam esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença que resulta da uma degeneração progressiva dos neurônios, também chamada de Lou Gehrig.

A equipe liderada pela Universidade de Miami examinou 14 golfinhos encalhados e 13 deles continham níveis notáveis de BMAA. Nos locais onde foram encontrados, apresentavam quantidades de flores de algas significantes. Os animais eram uma mistura de golfinhos bottlenose (Tursiops truncates) e comuns (Delphinus delphis). Metade vieram do litoral da Flórida e os 7 restantes, foram encontrados em Massachusetts.

Fonte: Dicas de Miami

Detalhes sobre os estudos

O estudo fez uma comparação do nível de BMAA dos mamíferos cetáceos com o cérebro humano e para o nosso espanto, os golfinhos apresentaram 1,4 vezes mais que pessoas com Alzheimer e ELA. Além disso, verificaram que os golfinhos da Flórida continham 3 vezes mais BMAA que os cetáceos de Massachusetts e isso pode estar diretamente relacionado com a variação da dieta.

Os pesquisadores não podem afirmar com certeza que o BMAA cause neurodegeneração em golfinhos, mas pode haver alguma ligação entre os dois. Em dias mais quentes, a proliferação de algas aumenta durando em períodos maiores, principalmente na América do Norte e no leste da China. Ademais, estudos indicam que pessoas expostas a níveis consideráveis de BMAA, podem sofrer um destino semelhante.  

Os riscos que podemos correr

David Davis, autor principal da pesquisa, enfatiza que essa exposição é naturalista, então se os golfinhos estão se alimentando da mesma rede alimentar marinha que os humanos, potencialmente comendo as mesmas coisas que nós, precisamos ficar em alerta. Espera-se que surjam pesquisas futuras revelando mais sobre as associações do BMAA tanto para seres humanos quanto para os mamíferos cetáceos que vivem em áreas onde as algas tóxicas se proliferam, auxiliando nos estudos com o mal de Alzheimer, ELA e entre outros.

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