Geneticistas defendem que precisamos parar a evolução da espécie humana

08/05/2019 às 03:002 min de leitura

A sociedade está cada vez mais receptiva ao estilo de vida natural, de modo que alguns encaram nossos ancestrais pré-industriais e sua cultura supostamente saudável como um ideal. Mas esse pensamento, quando levado ao extremo, pode causar distorções graves.

Nos Estados Unidos, por exemplo, houve uma alta nos casos de sarampo, com 78 novas infecções na semana passada. Seguindo a mesma linha, um cruzeiro repleto de cientologistas foi colocado em quarentena em Santa Lúcia, no Caribe, após a identificação de um passageiro com a doença.

Esse é o tipo de notícia que recebemos quando os pais param de vacinar os filhos, o que muitos fizeram a partir da década de 1990 por medo de que as vacinas fossem mais perigosas do que as próprias enfermidades.

Reprodução/UOL

Atualmente, há um número crescente de pessoas que temem vacinas. Ademais, as filosofias da Nova Era estão atraindo cada vez mais adeptos e ficando populares, baseadas em uma fusão de ensinos metafísicos, espirituais, animistas e paracientíficos. As pessoas que aderem a essas ideologias tendem a rejeitar a capacidade da ciência de melhorar nossa vida, atribuindo uma confiança desmedida à natureza.

Além disso, existe uma visão muito "bonita" sobre a evolução, com a disseminação de uma crença de que se o processo evolutivo natural não tivesse sofrido interferências o mundo estaria funcionando da melhor forma possível. No entanto, esse modo de pensar é equivocado.

Como funciona a evolução?

Nenhum organismo é incapaz de reproduzir uma cópia perfeita de seu DNA para a próxima geração — e é nesse fato que a evolução está centralizada. Quando nosso DNA se transforma, a seleção natural entra em ação, por meio da qual são selecionadas as mutações mais adequadas para determinada espécie em um ambiente específico; por consequência, as mutações "menos adequadas" são excluídas. Esse processo ditou muitas das coisas que vemos atualmente, desde o formato das barbatanas dos tubarões até o comprimento do pescoço das girafas.

Reprodução/Revista Origem

Nossos ancestrais foram submetidos à seleção natural pura. Sendo assim, os indivíduos com mutações menos úteis esperavam por uma morte horrível: devido a fome, predadores, canibalismo, doenças, secas, inundações repentinas, entre outros. Aconteceu, então, o que os cientistas chamam de "evolução em larga escala", que gerou uma extinção cruel de grande parte dos indivíduos.

O processo evolutivo continua a todo vapor. Pessoas ainda estão morrendo devido a doenças e passando fome diante de sociedades permeadas pela desigualdade; continuamos à mercê da seleção natural e, nesse sentido, muitos afirmam que é necessário impedir a evolução da espécie humana para evitar que mortes em massa continuem acontecendo.

Reprodução/Multiple Sclerosis International Federation

Assim, o incentivo a descobertas científicas seria o único meio para alcançar tal objetivo. Em defesa disso, afirma-se que os alimentos transgênicos são necessários para evitar a fome mundial e que os aditivos nas comidas são fundamentais para evitar que os alimentos estraguem até serem consumidos. E o ponto de mais destaque: as vacinas são indispensáveis para a prevenção de doenças. Segundo essa perspectiva, tais ações impediriam os efeitos de uma evolução impiedosa e desmedida.

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