Saquinhos de chá liberam partículas de microplástico na bebida

01/10/2019 às 06:062 min de leitura

O hábito milenar de tomar chá foi ganhando facilidades ao longo dos anos. Se antes a erva era fervida diretamente na água e coada, os saquinhos de chá chegaram para “facilitar” a vida dos amantes da infusão, mas uma investigação realizada por pesquisadores do Departamento de Engenharia Química da Universidade McGill em Montreal, no Canadá, revelou que os saquinhos clássicos liberam milhões de partículas de microplástico e nanoplástico na bebida.

Diversos estudos mostraram, nos últimos anos, o quanto os microplásticos e nanoplásticos que estão presentes em alimentos e bebidas podem prejudicar a saúde. Com o resultado da investigação, o alerta é dirigido à maioria dos saquinhos de chá que possuem plástico em sua composição, em especial polipropileno, material muito resistente ao calor e que é utilizado para garantir a vedação e dar consistência à embalagem.

E se você é uma daquelas pessoas que pensam que os saquinhos de chá são feitos de papel, péssima notícia: até 96% deles tem em sua composição o polipropileno. Antes do estudo da Universidade McGill já havia suspeitas de que alguns plásticos, ao ter contato com a água quente, sofriam um colapso, migrando para a bebida — neste caso, o chá. Agora, as hipóteses se confirmaram.

Foto: Pixabay

Quantidade de microplástico e nanoplástico encontrada é muito superior a de outras bebidas e alimentos

Para chegar ao resultado, os pesquisadores utilizaram quatro tipos diferentes de chá comercial com saquinhos diferentes que continham plástico. Depois de esvaziá-los, os lavaram e aqueceram em recipientes próprios para preparar o chá, simulando assim uma preparação tradicional da bebida.

A água utilizada foi analisada por um microscópio eletrônico que detectou, em um único saquinho de chá, milhões de partículas plásticas. Os resultados iniciais localizaram 11,6 bilhões de partículas de microplástico e 3,1 bilhões de partículas de nanoplástico.

A quantidade de partículas encontradas é muito superior àquelas detectadas em outros alimentos. O resultado é preocupante, de acordo com especialistas, que devem realizar estudos adicionais para determinar se os efeitos são sutis ou podem ser crônicos nos seres humanos.

 

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