Cientistas japoneses criam sangue artificial universal

11/10/2019 às 05:002 min de leitura

Cientistas japoneses do National Defense Medical College, na cidade de Tokorozawa, desenvolveram um "sangue artificial" em laboratório. Em teoria, o sangue poderia ser transfundido em pacientes independentemente do tipo sanguíneo. O material foi testado em 10 coelhos com grave perda de sangue. Surpreendentemente, seis deles sobreviveram. Os pesquisadores afirmam que a taxa de sucesso é a mesma que a de uma transfusão de sangue biológica. A pesquisa foi publicada na revista especializada Transfusion

Fonte: Divulgação/Pexels

O sangue artificial conta até mesmo com glóbulos vermelhos, responsáveis por transportar oxigênio e plaquetas, e acionar a coagulação quando a pele é cortada. Normalmente, a hemoglobina é a proteína nos glóbulos vermelhos que transporta oxigênio para os tecidos do corpo e devolve o dióxido de carbono aos pulmões.

Como substituto dessa proteína vital, a equipe desenvolveu “vesículas de hemoglobina” com um diâmetro de apenas 250 nanômetros, que podem servir como transportador de oxigênio. Juntamente com as nanopartículas hemostáticas baseadas em lipossomos, isso foi misturado ao plasma, a base líquida amarelada do sangue.

Segundo as informações, o sangue artificial pode ser armazenado em temperaturas normais por mais de um ano, enquanto as plaquetas no sangue dos doadores mantêm-se por quatro dias se agitadas previamente para evitar que se solidifiquem. E os glóbulos vermelhos começam a "perder sua validade" em 20 dias mesmo se armazenados em baixas temperaturas.

Fonte: Divulgação/Pexels

Avanços

Ainda é cedo para afirmar que os pesquisadores terão sucesso com humanos, no entanto, em caso positivo, a pesquisa pode representar um avanço importantíssimo na medicina. Os pesquisadores acreditam que sua invenção poderia salvar pessoas que, de outra forma, morreriam, permitindo que feridos fossem tratados imediatamente no local, por exemplo.

Os pacientes geralmente precisam ir ao hospital, onde os médicos discernem seu tipo sanguíneo antes de uma transfusão. Algumas ambulâncias aéreas no Reino Unido já transportam suprimentos de sangue O negativo, que é chamado de tipo "universal" porque pode ser administrado a qualquer pessoa em situação de emergência. Mas também é o mais raro, o que significa que a demanda supera muito a oferta. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 117,4 bilhões de unidades de sangue doado são coletadas globalmente a cada ano e isso ainda não é suficiente.

A descoberta superaria todos os tipos de obstáculos existentes, variando de doações insuficientes por minorias étnicas a encontrar correspondências para tipos sanguíneos raros. "É difícil estocar uma quantidade suficiente de sangue para transfusões em regiões remotas, como as ilhas", disse o professor associado de imunologia da National Defense Medical College e um dos autores do estudo, Manabu Kinoshita.

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