Empresa retoma testes com droga que pode curar o Alzheimer

28/10/2019 às 12:002 min de leitura

Numa reviravolta surpreendente, a Biogen, empresa americana de biotecnologia, anunciou na última terça-feira, 22 de outubro, que iria solicitar aprovação para um tratamento experimental da doença de Alzheimer junto à FDA, órgão do governo americano responsável pelo controle de alimentos e medicamentos.

O anúncio causou perplexidade porque a empresa havia descontinuado os estudos sobre a mesma droga, chamada de Aducanumab, em março passado sob a alegação de que era improvável que ela funcionasse.

O diretor executivo da empresa, Michel Vounatsos, fez a seguinte declaração: "Com uma doença tão devastadora que atinge dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo, o anúncio de hoje é verdadeiramente encorajador na luta contra o Alzheimer".

O atual tratamento não é a cura para a doença. O objetivo é reduzir o declínio associado àquela demência entre os pacientes que apresentam a chamada doença de Alzheimer esporádica de início precoce. 

A nova droga

O Aducanumab, que é injetado por via intravenosa, viaja através do corpo até o cérebro, onde atinge as placas senis, uma das principais alterações da doença, explicou o Dr. Andrew Budson, professor de neurologia da Boston University School of Medicine. 

O Dr. Budson afirmou que alguns de seus pacientes inscritos para o teste com Aducanumab ficaram muito desapontados quando os estudos foram interrompidos. Quando vários testes falharam, Budson e sua equipe começaram a se perguntar se a estratégia estava realmente ajudando os pacientes. "Foi como um prego no caixão da hipótese", afirmou.

Essa reviravolta "manda uma mensagem de esperança a todos os que participaram do estudo, bem como a toda a população afetada", disse Budson. "Quando você tem uma doença neurodegenerativa incurável que rouba os pensamentos e memórias das pessoas — suas mentes — qualquer coisa que possa ajudar é algo maravilhoso". 

Esperança

Segundo o Dr. Michael Weiner, pesquisador do Alzheimer da Universidade da Califórnia em São Francisco, se atingisse o seu objetivo, a droga teria sido um sucesso, "o alvorecer de uma nova era".

Porém, com a quantidade tão pequena de dados liberados pela empresa, os cientistas preferem ser mais cautelosos, como afirma o Dr. Murali Doraiswamy, especialista em Alzheimer da Universidade de Duke, na Carolina do Norte. Para ele, "parece muito encorajador, mas eu gostaria de ver maiors detalhes".

Imagem

NOSSOS SITES

  • TecMundo
  • TecMundo
  • TecMundo
  • TecMundo
  • Logo Mega Curioso
  • Logo Baixaki
  • Logo Click Jogos
  • Logo TecMundo

Pesquisas anteriores: