Apollo 12 era atingida por raios durante lançamento há 50 anos

18/11/2019 às 06:002 min de leitura

Chovia muito no Centro Espacial John F. Kennedy, em Cabo Canaveral, no dia 14 de novembro de 1969. Apenas quatro meses após a missão Apollo 11 levar os primeiros astronautas à Lua, era hora da Apollo 12 repetir o feito histórico e mostrar que a agência espacial americana estava no rumo certo da conquista do espaço. Porém, um susto tomou conta da equipe da NASA: o propulsor Saturno V foi atingid por dois raios logo após o lançamento.

Tudo corria dentro do programado em Cabo Canaveral (local de onde geralmente partem as missões espaciais da NASA) pois, mesmo com o tempo fechado, não havia previsão de tempestades. Logo que o foguete partiu, com 36,5 segundos, foi atingido em cheio por um raio. Aos 52 segundos, outro raio acerta a espaçonave. Foram alguns segundos de tensão.

Raio Apollo 12
(Fonte: NASA/Reprodução)

Medo a bordo

A tripulação, composta pelo comandante Charles “Pete” Conrad e mais dois pilotos, Alan Bean e Richard Gordon, disse ter notado um grande clarão, chegando até a alegar que foi possível “sentir” o raio.

Alguns problemas momentâneos ocorreram, mas logo foram contornados pela equipe da NASA, principalmente pelo controlador John Aaron, que já tinha observado falhas semelhantes em uma simulação de voo. Assim, foi possível redefinir o sistema do equipamento de condicionador de sinais (SCE, sigla para Signal Conditioning Equipment) e, por meio do uso de orientação automática, fazer com que os astronautas pudessem levar a espaçonave até o Oceano das Tormentas (Oceanus Procellarum), região da Lua coberta por uma camada de magma sólido que foi o local que a equipe fez o pouso.

Era importante ter os equipamentos todos funcionando para a segurança dos astronautas e os sistemas prontos para o cumprimento da missão, já que um dos intuitos da viagem era mostrar que era possível fazer voos de prescisão, pousando em um lugar específico pré-determinado. Para demonstrar que tinha essa capacacidade, escolheram descer próximo à sonda Surveyor 3, que havia chegado ao Oceano das Tormentas em 1967, aproveitando para verificar como o equipamento tinha se comportado após viver dois anos na Lua, além de pegar algumas peças da sonda para trazer de volta à Terra.  

Na verdade, vários sensores foram danificados pelos raios, mas, por sorte, nenhum era essencial para a viagem, o que permitiu que toda a missão (ida e volta) ocorresse normalmente. Além disso, o ocorrido serviu para o aumento dos padrões de segurança para as futuras missões. 

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