Tinta invisível revela se crianças foram ou não vacinadas

Quem nunca ficou em dúvida se tomou ou não algumas das vacinas obrigatórias quando era criança? Um grupo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (o famoso MIT) pode ter encontrado uma solução para o problema. Como? Incorporando o histórico de vacinação diretamente na pele.

Junto com a vacina, seria adicionada uma tinta invisível a olho nu, mas facilmente vista usando um filtro especial em um smartphone, com um aplicativo que emite uma espécie de luz infravermelha na pele.

A tinta duraria até cinco anos, fornecendo acesso rápido ao histórico de vacinação, o que ajuda a evitar erros médicos. Além disso, de acordo com um estudo publicado esta quarta-feira (18) no Sciente Translation Medicine, o custo adicional e o aumento do risco no procedimento são mínimos.

O processo ainda não foi testado em crianças, mas consiste em um adesivo com várias microagulhas, tão eficaz quanto a injeção regular, só que sem causar a mesma aflição.

O maior desafio do projeto foi encontrar ingredientes para a tinta que fossem seguros e ao mesmo tempo durassem o bastante para que ela fosse útil. A equipe do MIT acabou utilizando uma tecnologia chamada de ponto quântico, minúsculos cristais semicondutores que refletem a luz e foram originalmente desenvolvidos para rotular células durante pesquisas.

Por mais que esta abordagem seja interessante, ela também levanta questões sobre privacidade, pois algumas pessoas podem se sentir desconfortáveis em possuir uma “tatuagem médica”.

Os pesquisadores afirmaram que uma de suas preocupações era evitar tecnologias que pudessem causar mais problemas de privacidade, como scanners de íris e bancos de dados com nomes e dados de identificação. Eles pretendem adicionar mais detalhes médicos aos pontos quânticos, como a data da vacina e sensores que podem acompanhar outros aspectos de saúde, por exemplo, o nível de insulina em pacientes diabéticos.