Nossa primeira gripe influencia como lidaremos com as próximas

06/01/2020 às 11:001 min de leitura

Por muito tempo, o fato da mesma cepa de gripe afetar as pessoas com graus de severidade diferentes era uma questão que incomodava cientistas e profissionais de saúde. Mas agora, uma pesquisa pode ter descoberto a resposta para essa dúvida. O modo como combatemos essa doença não depende só da habilidade notável que ela possui em se adaptar a cada estação, mas também do primeiro tipo que enfrentamos durante a infância.

Michael Worobey, chefe do Departamento de Biologia Evolucionária e Ecologia da Universidade do Arizona afirmou que entre 2017 e 2018, foram confirmadas 80 mil mortes por influenza nos Estados Unidos. Muito mais do que durante a pandemia de gripe suína em 2009.

Em 2016, Worobey, em conjunto com outros pesquisadores, lançou um artigo explicando um fenômeno chamado immunological imprinting (imprinting imunológico), que comprova que exposições anteriores ao vírus da gripe determina a resposta de um indivíduo às infecções subsequentes.

Proteção contra gripe

Para entender melhor o imprinting imunológico, os pesquisadores analisaram casos que envolviam dois subtipos de influenza: H3N2 e H1N1. Os resultados provaram que pessoas que contraíram o H1N1 na infância possuem uma chance menor de serem hospitalizadas por essa variação no futuro, mas são mais suscetíveis ao H3N2. O contrário também é válido, quem contraiu o H3N2 primeiro, não possui proteção contra o H1N1.

“Parte da resposta do nosso sistema imunológico para a infecção que está enfrentando atualmente é direcionada a partir da primeira cepa que ele combateu durante a infância, o que compromete a habilidade de formar uma proteção completamente eficaz contra os invasores que aparecem no decorrer de nossas vidas”, afirma Worobey.

Os pesquisadores esperam que o estudo ajude a identificar quais faixas etárias serão mais severamente afetadas durante as temporadas de gripe, com base nos subtipos circulantes. Isso pode ser uma vantagem para os profissionais de saúde, que poderão criar respostas adequadas para cada situação e aprimorar o uso de campanhas de vacinação.

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