Definição de 'planeta' ainda gera debate entre astrônomos

08/01/2020 às 03:002 min de leitura

Lembra quando Plutão foi desclassificado da categoria de planeta? Em 2006, a histórica decisão da União Astronômica Internacional (IAU) gerou uma grande divisão na comunidade astronômica. O objeto celeste, até então, é considerado um planeta anão, mas declarações recentes de importantes cientistas fomentaram novos debates. 

Em outubro deste ano, Jim Bridenstine, administrador da Agência Espacial Americana, NASA, afirmou mais uma vez acreditar que Plutão é um planeta. “Acho que a maneira como você deve definir um planeta é baseada em seu valor intrínseco. [...] Eu sei que muitos cientistas concordam com essa avaliação [Plutão como planeta]”, justificou. 

O comentário do administrador sobre Plutão em nada altera a atual definição de planeta. Em um artigo publicado no Space, site especializado em astronomia, Christopher Palma, professor de Astronomia e Astrofísica da Universidade Estadual da Pensilvânia, contrapõe Bridenstine e defende que Plutão não é um planeta. 

Fonte:Pixabay

Palma explicou que a origem da palavra "planeta" vem do grego "estrelas errantes". Um dos mais importantes astrólogos da história, Claudius Ptolomeu, utilizou o termo "estrelas fixas" para diferenciá-las dos sete andarilhos que se movem pelo céu de forma muito específica.

Os sete objetos que Ptolomeu se referiu foram o Sol, a Lua, Mercúrio, Vênus, Júpiter, Marte e Saturno. Todos eles eram chamados de planetas, e mais tarde outros objetos também foram titulados dessa forma, como Urano e Netuno. 

Até Ceres, Pallas,Vesta e Juno inicialmente foram classificados como planetas. Logo depois, os astrônomos perceberam que eles se pareciam mais com estrelas. Características como forma irregular e tamanho menor que os planetas, fizeram com que eles fossem enquadrados como asteroides. Mas esse conceito ainda não é unânime.  

Palma elucida que atualmente os objetos celestes podem ser diferenciados pela forma. “Os planetas devem ser principalmente esféricos, enquanto os asteróides podem ser irregulares”, explica o astrônomo que também questiona: como devemos chamar luas?

A Lua (com letra maiúscula) da Terra quando descoberta era única. Deste modo, não havia necessidade de criar uma palavra para se referir a um corpo celeste que orbita outro; isto virou uma convenção “lua é um satélite de outro objeto”.

O debate sobre planetas, asteroides, luas e objetos celestes está longe de acabar. O universo ainda é cercado de grandes mistérios e a astronomia, assim como as outras ciência, a cada dia avança para desvendá-los. 

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