Qual parte do corpo poderia ser a responsável por andarmos de pé?

03/03/2020 às 11:002 min de leitura

Cientistas da Universidade de Warwick, no Reino Unido, da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, e da Universidade de Pós-Graduação do Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa, no Japão, estão trabalhando em colaboração em um novo estudo que pode determinar, de forma mais clara, o funcionamento da mecânica do movimento dos pés nos seres humanos. Uma das únicas espécies animais existentes capazes de andar sob duas pernas de forma ereta, o mistério da anatomia humana continua sendo pauta de diversos estudiosos ao redor do mundo.

Dessa vez, o objeto de análise do grupo de pesquisadores são os principais eixos triangulares, ou eixos de sustentação, localizados sob os pés humanos: os arcos longitudinal medial, longitudinal lateral e o transversal. Segundo a ciência, os arcos ósseos são resultados do arranjo mecânico dos ossos do , sustentados por ligamentos e apoiados pelos músculos da região, sendo uma das localidades mais importantes dos membros inferiores e agindo de maneira complementar, garantindo uma melhor estabilidade para diversos dipos de movimentos do corpo.

https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Biologia/noticia/2020/03/essa-parte-ignorada-do-corpo-pode-explicar-por-que-andamos-em-pe.html
(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)

O estudo, publicado em fevereiro no periódico Nature, focou-se na observação do arco transversal do eixo de sustentação, região que é bastante ignorada em diversas pesquisas do gênero. Assim, um protótipo de silicone foi desenvolvido pelos cientistas, desenhando um modelo similar ao transversal, onde sua constituição é sustentada por ossos metatarsos e ligamentos, que passou a ser analisado a partir dos movimentos de apoio, contração e força realizadas no local. 

Os primeiros testes realizados no modelo de silicone apresentaram resultados positivos para o enrijecimento do eixo transversal logo após as curvaturas do protótipo, que foi comprovado, posteriormente, durante a segunda bateria de testes, quando os pesquisadores, para esclarecer suas dúvidas sobre o responsável pela sustentação era o tecido ou o arco transversal, cortaram ligamentos e a pele de cadáveres e descobriram que o transversal detém mais de 40% da rigidez local. 

"Essa compreensão renovada do pé pode ajudar no tratamento médico da condição de pé chato, no desenvolvimento de pés robóticos e no estudo da função do pé na locomoção", esclarecem os cientistas, que reforçam a importância dos debates sobre o arco transversal e sobre como afeta tanto na rigidez dos outros arcos como nas diversas constituições ósseas derivadas de sua formação.

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