Polêmica: tecnologias de controle e leitura mental estão chegando

16/03/2020 às 07:002 min de leitura

Com o desenvolvimento dos métodos de análise de atividade cerebral, é possível sugerir que a medicina está cada vez mais próxima de descobrir meios para identificar as repostas do circuito elétrico mental humano. A técnica de detecção, além de sustentar um enorme avanço para o tratamento de casos relativos ao sistema neurológico, pode ajudar nos principais cuidados com pacientes que possuem problemas mentais, mas quais as reais implicações de tais pesquisas para a sociedade e o indivíduo?

O primeiro ponto sobre as questões envolvendo atividades cerebrais é o controle da mente, algo que poderia ser determinante no tratamento de estímulos elétricos desordenados, especialmente em pacientes com problemas cardíacos, Parkinson e até mesmo depressão. 

O controle da atividade cerebral, que se daria pela implantação de eletrodos no cérebro — que lançariam pulsos elétricos ou magnéticos — é um conceito que assusta, principalmente quando são trazidos à tona eventos realizados durante a segunda metade do século XIX, como no caso do neuropsicólogo Robert Heath, que utilizou recursos de estímulos cerebrais a fim de "curar" a homossexualidade de um de seus pacientes através do estímulo de zonas específicas do cérebro.

(Fonte: Scott Amyx/Reprodução)(Fonte: Scott Amyx/Reprodução)

O segundo seria a capacidade de decifrar o pensamento humano, a leitura mental, técnica em desenvolvimento por grupos de pesquisa do Carnegie Mellon University. Através de imagem por ressonância magnética funcional para poder visualizar os pensamentos do paciente, a ideia é observar os padrões de atividade após os pensamentos em objetos, situações, pessoas ou lembranças em geral, incluindo as relações com os diversos tipos de emoções e, até mesmo, o aprendizado.

A possibilidade de identificar os pensamentos humanos pode levar a ciência a dissecar toda a personalidade do indivíduo e até mesmo prever suas ações e seu comportamento após reações a eventos futuros. Por exemplo, a resposta de suicidas ou de assassinos em potencial à palavras específicas como "alegria" ou "morte" pode indicar uma ação de atentado contra sua vida ou a dos outros muito em breve, prevenindo desastres de maiores proporções.

Porém, eticamente, há muito a se questionar. Até que ponto é necessário chegar para controlar indivíduos porque suas respostas não foram consideradas normais?

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