'Boom' de internações por problemas respiratórios diminui no Brasil

01/04/2020 às 09:372 min de leitura

Um dos principais efeitos da covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, é uma insuficiência respiratória grave. Logo, por consequência da pandemia do vírus, os hospitais brasileiros tiveram um crescimento assustador nos casos de internações por problemas respiratórios entre os dias 22 e 28 de março. 

Porém, segundo informação divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na manhã desta quarta-feira (01), essa curva de internações começou a desacelerar. 

(Fonte: Portal Fiocruz/Divulgação)(Fonte: Portal Fiocruz/Divulgação)

Causa da desaceleração

A desaceleração, ao que tudo indica, é resultado das medidas de contenção social implantadas pelos governos estaduais durante o mês de março e também apresenta os efeitos positivos de seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) no combate à pandemia do novo coronavírus

Entretanto, o coordenador o InfoGripe, Marcelo Ferreira da Costa Gomes, em entrevista à Folha de S. Paulo, comentou que ainda é cedo para comemorar, já que a desaceleração pode ter, também, outro motivo: a dificuldade dos hospitais atualizarem os dados. Essa dificuldade acontece justamente pela superlotação dos leitos médicos e pelo foco no combate ao novo coronavírus.

Marcelo ainda afirma que nem todas as internações por problemas respiratórios são por causa da covid-19, mas o histórico apresenta que, antes da doença, os números deste tipo de internação eram bem menores.

O aumento dos casos

Os números cresceram de forma estrondosa com o surto do novo coronavírus no Brasil. Nas duas primeiras semanas do mês de março o aumento foi de, respectivamente, 163% e 122%. Dessa forma, os casos, que antes eram 965, chegaram ao índice de 5.624 internações por problemas respiratórios nos hospitais brasileiros.

(Fonte: Pexels)(Fonte: Pexels)

Na última semana, entre os dias 22 e 28 de março, o crescimento foi de 7%, alcançando o número de 5.992 casos em uma semana. Esses dados da 13ª semana epidemiológica mostram que o boom de internações diminuiu, mas que o crescimento ainda não chegou a estagnar ou diminuir, mostrando que a luta pode estar apenas no começo.

Os casos de internação também evidenciam o porquê dos idosos serem grupo de risco, já que de todos os casos de insuficiência respiratória 1.177 tinham mais de 60 anos. As crianças também foram confirmadas como as menos suscetíveis a sofrer da Covid-19, com apenas 298 menores registrados com o problema.


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