Cemitério de mamutes é encontrado próximo a lago mexicano

02/06/2020 às 08:002 min de leitura

Em outubro de 2019, pesquisadores iniciaram serviços de escavação na região de Santa Lúcia, no México, para dar entrada na construção de um aeroporto local, o Aeroporto Internacional de San Felipe Ángeles, previsto para ser entregue em 2022. Porém, o trabalho de planificação do terreno se mostrou muito mais revelador que o esperado, desenterrando uma impressionante quantidade de esqueletos de animais e seres humanos que chocou os arqueólogos.

Desde então, ossos de mais de 60 mamutes da espécie Mammuthus Columbi, datado de mais de 11 mil anos e existentes durante a era do Pleistoceno, foram identificados pelos pesquisadores do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH), todos cobertos por grandes camadas de terra, sugerindo que tenham sido mortos nas redondezas do antigo lago Xaltocan, que sofria uma séria crise de seca e pode ter causado o acúmulo de solo barrento, funcionando como armadilha para os animais e prendendo-os ao terreno.

Pedro Sánchez Nava, do INAH, acredita que os óbitos dos colossais animais pré-históricos, de quase 4 metros de altura e chegando a pesar 10 toneladas, tenham ocorrido através de uma manipulação de território por grupos humanos, que exploravam o local para praticar a caça predatória, apesar de não ter sido encontrado marcas de abate nos bem conservados vestígios dos mamutes, indicando que a região era instável até mesmo para os que a utilizaram como armadilha.

(Fonte: INAH/Reprodução)(Fonte: INAH/Reprodução)

A ideia de humanos, com "divisão do trabalho bem estruturada", que "tenham perseguido os animais na lama", foi amplamente reforçada após a identificação de quinze covas de supostos moradores da região, mesmo com pouco sendo conclusivo sobre sua participação no abate dos mamutes e dos estudos sobre sua procedência estarem sendo continuados pelos arqueólogos.

Com os trabalhos de exploração local sendo realizados em um raio de 10 quilômetros ao redor de Santa Lúcia, acredita-se que centenas de ossadas de animais serão descobertas com o tempo, sugerindo o maior cemitério de animais encontrado na região. "Os trabalhos permitiram ao INAH pesquisar em um espaço onde, embora se soubesse da existência de restos esqueléticos, nunca haviam sido localizados, recuperados e estudados", disse Salvador Pulido Méndez, atual diretor do instituto.

Apesar dos importantes e numerosos vestígios, a construção do aeroporto não deverá sofrer interrupções.

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