Detector de bombas pode identificar casos graves de covid-19

04/06/2020 às 05:002 min de leitura

Um detector de bombas utilizado pela Força Aérea dos Estados Unidos pode ser modificado para identificar sintomas graves de covid-19 de maneira precoce, facilitando o tratamento da doença causada pelo novo coronavírus e ajudando a salvar vidas.

O projeto, conduzido por cientistas do Laboratório de Pesquisa da Força Aérea norte-americana em parceria com a Universidade de Michigan e pesquisadores da Atividade de Projetos de Pesquisa Avançada de Inteligência (Iarpa, na sigla em inglês), consiste em converter o detector de explosivos e armas químicas em um dispositivo capaz de analisar o ar expirado por pessoas.

A nova versão do aparelho, baseada no cromatógrafo gasoso do programa MAEGLIN da Iarpa, funciona como uma espécie de bafômetro. Ele tem a capacidade de detectar a assinatura química da síndrome respiratória aguda grave em seu estágio inicial, possibilitando a identificação fácil e rápida de doentes que exigem maior atenção.

A ilustração mostra como o sistema funciona na prática.A ilustração mostra como o sistema funciona na prática.

Esse tipo de complicação respiratória é associado a muitas mortes por covid-19, por isso a sua detecção precoce pode ajudar a determinar quais pacientes precisarão de respiradores e outros cuidados antes que o coronavírus cause maiores estragos nos pulmões.

Testes em andamento

Quatro protótipos do dispositivo modificado foram desenvolvidos em menos de 1 semana e já estão sendo testados pelos pesquisadores da Universidade de Michigan em unidades de terapia intensiva (UTIs) não militares com pacientes infectados pelo Sars-CoV-2 e adultos saudáveis de um grupo de controle. Os primeiros resultados devem ser divulgados em breve, contando com o auxílio de algoritmos de aprendizado de máquina para uma análise mais precisa.

Um aparelho semelhante já tinha sido desenvolvido pelos Institutos Nacionais de Saúde e testado em pacientes com complicações respiratórias não relacionadas ao coronavírus, mas não alcançou a mesma capacidade analítica do MAEGLIN, o que deixou os cientistas mais esperançosos em relação a bons resultados agora.

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