Enguias escapam do estômago de predadores destruindo-os por dentro

11/06/2020 às 08:002 min de leitura

Um novo estudo publicado no início deste mês no site Memoirs of the Queensland Museum apresentou pesquisas interessantes sobre um comportamento de defesa das enguias, animais marinhos conhecidos por suas semelhanças físicas com as cobras e serpentes. Segundo cientistas do Museu de Queensland, na Austrália, os animais sinuosos ativam um sistema de fuga após serem ingeridas por peixes carnívoros e perfuram o tecido estomacal de seus predadores para escapar da morte, configurando uma cena violenta e assustadora no fundo dos oceanos.

O artigo observou as enguias-serpentes, espécie da família Ophichthidae, conhecidas por terem corpos longos e finos que vão desde 0,5 metro de comprimento até 2,5 metros, comumente vivendo no subterrâneo do solo oceânico de águas tropicais e temperadas. O animal, então, utiliza sua cauda pontiaguda para empreender a fuga, porém suas limitações acabam por aí, já que a fragilidade do organismo do peixe é incapaz de perfurar os tecidos mais grossos e as cavidades ósseas de seus predadores, prendendo-os dentro do organismo do hospedeiro.

(Fonte: Britannica)(Fonte: Britannica)

A fuga das enguias

A descoberta relatou que, após as enguias conseguirem escapar do estômago dos carnívoros, consegue evitar ser digerida viva, mas acaba se condensando em outra região do organismo habitado, no caso na cavidade intestinal, e sofre um processo semelhante a uma mumificação, mantendo-se preservadas, porém sufocadas com a falta de gás oxigênio.

Apesar de conseguirem ter uma tolerância maior à pressão por conta de seu hábitat, já que a vida abaixo de areia e sedimentos os adaptam a um longo período com uma menor quantidade de gases, não é suficiente para sobreviverem dentro do organismo de animais maiores, resultando em uma anatomia interessante para perfurar o solo e facilitar sua movimentação nos oceanos, mas que pouco contribui para escapar de carnívoros caso se tornem suas presas.

O estudo foi baseado em observações de quase 100 anos atrás, quando as primeiras espécies da família Ophichthidae foram encontradas dentro dos organismos de peixes Protonibea diacanthus. A pesquisa deu a oportunidade da realização de novos estudos sobre o comportamento das enguias, já que novas espécies foram descobertas mumificadas em peixes antigos que, curiosamente, mantinham as serpentes em seus corpos sem perceber que algo habitava (ou perfurava) suas cavidades.

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