Burguer King culpa os gases das vacas por aquecimento global

21/07/2020 às 08:002 min de leitura

A campanha de lançamento da versão ecológica do sanduíche Whopper, do Burguer King, deixou os agricultores irritados nos Estados Unidos. O comercial apresenta uma música cantada por Mason Ramsey, adolescente cantor que se tornou viral no país, argumentando que os gases das vacas são responsáveis pela produção de metano e contribuem para o aquecimento global.

O novo hambúrguer será feita com carne com redução na emissão do gás responsável pelo efeito estufa na atmosfera mundial. Para alcançar essa diminuição, a propaganda do Burguer King recomenda adicionar capim limão na dieta bovina.

Reclamações de agricultores e cientistas

Adolescente viral estrela campanha do Burguer King (Fonte: Burguer King/Reprodução)Adolescente viral estrela campanha do Burguer King (Fonte: Burguer King/Reprodução)

A iniciativa incomum para uma cadeia de restaurantes de fast-food incomodou a indústria agrícola e parte da comunidade científica. Os agricultores argumentam que o anúncio publicitário possa passar uma imagem de que o setor é insensível às questões climáticas e que as informações que subsidiaram a propaganda são incompletas.

Por outro lado, os cientistas afirmam que associar a flatulência dos bovinos à produção de metano é uma interpretação incorreta. O professor do Departamento de Ciência Animal da Universidade da Califórnia, Frank Mitloehner, escreveu no twitter que, na realidade, o gás é produzido pelo arroto das vacas – e não pelos puns dos animais.

Defesa do Burguer King

A Restaurant Brans International, empresa proprietária do Burguer King, defendeu a sua estratégia de marketing, afirmando que a inclusão de 100 gramas de capim limão seco diariamente na nutrição bovina pode reduz as emissões de metano em até 33%. A companhia cita dados de uma pesquisa conduzida pela Universidade Autônoma do Estado do México.

No entanto, o estudo não foi publicado. Além disso, críticos apontam que a diminuição na emissão de gases é percebida apenas nos últimos três a quatro meses de vida do animal. O restante do tempo, cerca de 24 meses, as vacas produzem quantidades normais do gás. Portanto, a variação de emissão do metano ao longo da vida seria apenas de 3% com essa medida.

Mesmo que alimentar o gado com capim limão tenha um efeito mais reduzido que o anunciado, é louvável a decisão do Burguer King de pautar a questão climática em sua estratégia de marketing. O que vocês acham?

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