Novo tipo de 'bóson escuro' pode ter sido encontrado por cientistas

23/09/2020 às 06:002 min de leitura

Uma nova pesquisa publicada na Physics Review Letters pode indicar as primeiras evidências experimentais de bósons escuros no universo. Segundo especialistas do MIT, responsáveis por conduzir os estudos, as partículas fundamentais candidatas à matéria escura ainda não possuem comprovações teóricas mais embasadas, mas os poucos dados obtidos durante o projeto já sugerem um certo entusiasmo para a comunidade científica.

Os resultados obtidos pela equipe do MIT concorreram com um estudo liderado por pesquisadores da Aarhus University, na Dinamarca, ambos procurando diferenças sutis no posicionamento de um elétron em um isótopo a medida que ele saltava por diferentes níveis de energia. O Massachusetts Institute of Technology ficou responsável por estudar cinco variantes de itérbio, enquanto os dinamarqueses ficaram com cinco variantes de cálcio.

O estudo teve como base o modelo teórico do intercâmbio entre os quarks que formam os nêutrons e elétrons de um átomo, onde as partículas escuras seriam "virtualmente" substituídas pelas unidades, interferindo em sua frequência e, consequentemente, na disposição linear a partir de desvios ocasionados por uma pequena força de interação com a considerada "matéria comum" (no caso, cálcio e itérbio).

(Fonte: Shutterstock/Reprodução)
(Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Ambos os experimentos representaram os devidos dados em gráficos pré-estabelecidos, especializados em medições isotópicas. Os resultados, então, mostraram o padrão esperado para a disposição dos isótopos de cálcio, que seguiram o modelo previsto de "linha reta", porém o padrão dos isótopos de itérbio apresentou ligeiras distorções, indicando a possível influência dos bósons escuros.

Entusiasmo contido dos cientistas

Apesar dos resultados favoráveis à influência de partículas fundamentais nas estruturas de isótopos de itérbio, cientistas do MIT tratam a situação com cautela, especialmente por ser um estudo recente ainda sem muita comprovação. Assim como a matéria escura, que há décadas vem sido estudada e, mesmo assim, ainda é de pouco entendimento científico, os bósons escuros estão sendo tratados da mesma forma.

Da mesma forma que o caso da distorção linear tem muito a ser estudado, os experimentos da universidade dinamarquesa também possuem respostas a ser obtidas, especialmente por conta de nada ter sido identificado. O modelo padrão, baseado na correção conhecida como "quadratic field shift", pode ter sido um dos motivos para os padrões encontrados, mas são necessárias novas análises para entender os misteriosos bósons escuros.

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