Cientista prevê quando a pílula que simula exercícios vai existir

30/07/2017 às 03:002 min de leitura

Por mais que todo mundo saiba que praticar atividades físicas é uma bela forma de cuidar da saúde e perder peso, algumas pessoas simplesmente não suportam a ideia de pisar em uma academia ou de investir parte do seu dia em caminhadas e afins. Às vezes isso acontece por trauma; outras, por pura falta de identificação mesmo. E, claro, há quem não possa praticar atividades físicas por causa de alguma condição de saúde.

É por essas e outras que muitas pesquisas já foram feitas na tentativa de descobrir uma forma de fazer com que o corpo humano tenha os benefícios das atividades físicas sem que a prática desses exercícios seja necessária. Parece mágica, mas a humanidade andou algumas casas nesse sentido. Finalmente.

O Scient Alert divulgou os resultados de um estudo feito por um time internacional de pesquisadores, que se juntaram para decifrar as reações moleculares que acontecem no corpo humano durante uma sessão de atividades físicas e, depois disso, tentar desenvolver uma forma de estimular essas reações sem o exercício físico.

Só para você ter ideia da dimensão desse trabalho, os cientistas buscaram identificar mil mudanças moleculares que a atividade física provoca nos músculos esqueléticos. Além disso, a ideia era descobrir também quais dessas mudanças eram as mais significativas – essa informação seria um grande avanço em direção à formulação de uma “pílula mágica”, capaz de provocar no corpo humano os mesmos efeitos de uma boa aula na academia.

De acordo com o coordenador da pesquisa, Nolan Hoffman, da Universidade de Sydney, ela foi feita para estudar novos tratamentos, mas no futuro pode ser a chave para a formulação de um medicamento que possa “enganar” o corpo humano e fazê-lo acreditar que acabou de correr uma maratona.

Hoffman explica que não é de hoje que a Ciência sabe das reações moleculares provocadas pela prática de atividades físicas. A diferença, segundo ele, é que esse novo estudo permitiu mapear essas reações e, dessa forma, conhecer melhor a complexidade desses sinais.

No experimento, quatro voluntários homens serviram de “cobaia” e ofereceram amostras musculares antes e depois de 10 minutos de atividades intensas em uma bicicleta ergométrica. Depois, as amostras foram analisadas para que o mapeamento das reações moleculares pudesse ser feito.

Como estamos falando de mil reações, já podemos imaginar que desenvolver um remédio capaz de ativar todas elas de uma vez só não deve ser a tarefa mais fácil do mundo. Por isso, a ideia é desenvolver uma droga que reproduza a mais importante dessas reações.

Infelizmente, isso pode levar mais tempo do que gostaríamos e, de acordo com o próprio cientista, devemos esperar pelo menos uma década antes de pensarmos em comprar um remédio capaz de nos fazer tanto bem quanto uma horinha de academia.

A ideia dos cientistas não é apenas promover uma alternativa para quem tem pavor de academia, mas ajudar pessoas idosas, obesos, diabéticos e cardíacos. Se pararmos para pensar, essa droga seria de grande utilidade a qualquer pessoa que, devido a alguma condição de saúde, não pode praticar atividades físicas normalmente. Só nos resta esperar que dê certo.

*Publicado em 16/10/2015

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