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Pesquisadores debatem sobre o uso de sons para potencializar a aprendizagem

23/10/2013 às 11:122 min de leitura

Há algum tempo, algumas escolas já utilizam um ensino mais prático para enriquecer o aprendizado, sendo que um número crescente de pesquisas sugere que sons podem ter um impacto sobre o desempenho e a criatividade. Alguns professores têm utilizado a transmissão de sons e até de aromas com o intuito de impulsionar as notas. Mas será que isso tudo funciona?

Certamente, existem algumas pesquisas bem estabelecidas que sugerem que alguns ruídos podem, na verdade, ter um efeito negativo sobre o aprendizado. Por exemplo, alguns desses estudos, feitos ao longo de 15 anos, mostraram que as crianças que frequentam escolas que ficam nas trajetórias de voos (ou próximas a aeroportos) ficam para trás em seus resultados de exames.

Bridget Shield, professora de acústica da Universidade London South Bank, e Julie Dockrell, do Instituto de Educação Britânico, vêm realizando estudos sobre os efeitos de todos os tipos de ruídos, tais como tráfego e sirenes, bem como o barulho gerado pelas próprias crianças.

Pesquisas

“Tudo aponta para um impacto negativo do ruído sobre o desempenho das crianças em matemática, na alfabetização e na ortografia”, disse Shield ao BBC News. O barulho ainda parecia ter um efeito especialmente prejudicial nas crianças com necessidades especiais. A pesquisadora disse também que aquele “zum zum zum” mais balbuciado da conversa das crianças na sala de aula é particularmente perturbador.

Fonte da imagem: Shutterstock

Se os sons são benéficos ou não, essa questão parece depender do tipo do ruído e da sua intensidade. Em uma série de estudos publicados no ano passado, Ravi Mehta, da Faculdade de Negócios de Illinois, e sua equipe testaram a criatividade das pessoas quando elas foram expostas a uma trilha sonora composta por sons de fundo — como a conversa de um café e barulhos de construção — em diferentes volumes.

Eles descobriram que as pessoas ficavam mais criativas quando os ruídos foram colocados em um nível médio e menos quando o volume estava baixo. Ruído de fundo mais alto, no entanto, prejudicou criatividade deles.

O psicólogo Dr. Nick Perham, da Universidade Cardiff Metropolitan, do Reino Unido, disse que esse resultado faz sentido por uma série de razões. Em primeiro lugar, ele disse que os sons mais perturbadores tendem a ser muito variáveis. O zumbido geral de fundo sugere um som de estado estacionário com pouca variação acústica, o qual o pesquisador afirma que não é capaz de desviar demais a atenção e se distrair.

O lado bom do ruído

Por outro lado, esse zumbido constante pode gerar um pouco de agitação que, sendo em nível moderado, pode ajudar no desempenho de um trabalho ou estudo. Com isso em mente, Perham sugere que pode haver algum benefício para a reprodução de música ou outros sons em uma aula de arte ou outras situações nas quais a criatividade é a chave principal.

Muitos professores de todo o mundo já usam música em sala de aula. Muitos são inspirados pela crença de que ouvir música pode aumentar QI em tarefas posteriores, sendo o chamado efeito Mozart.

No entanto, as evidências sugerem que é um exagero dizer que a música clássica aumenta a inteligência, porém os pesquisadores acreditam que os sons agradáveis ​​antes de uma tarefa podem levantar o humor e, com isso, ajudar as pessoas a ter um bom desempenho.

O segredo de tudo parece ser que você aprecie o que está ouvindo. "Se você gosta da música ou do som que está presente no local — mesmo que seja o do trânsito da rua —,  então você consegue aprender melhor”, disse o pesquisador Nick Perham.  

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