Terapeutas reúnem principais fatores que causam o fim de um relacionamento

09/09/2015 às 08:203 min de leitura

Frequentemente nós falamos aqui no Mega a respeito de relacionamentos amorosos. Já falamos sobre quem sofre mais com o fim de um namoro, já apresentamos alguns sites bizarros que prometem unir casais apaixonados e, inclusive, já explicamos as diferentes interpretações do sonhado “eu te amo” para homens e mulheres. Todas as nossas publicações têm sempre algumas pesquisas científicas como base, e hoje vamos dividir com você as impressões de alguns terapeutas que trabalham com casais há muito tempo.

Em entrevista ao Huffington Post, os profissionais contaram quais são as principais queixas de diversos casais que atenderam nos últimos anos e, ao contrário do que se possa imaginar, os fatores que mais causam desentendimentos entre quatro paredes não estão relacionados com sexo ou dinheiro.

A boa e velha comunicação

“O problema número um – embora eu prefira a palavra ‘desafio’ – em casamentos é uma comunicação realmente eficaz”, disse a psicoterapeuta Laura Young. Para ela, saber se comunicar inclui conseguir conversar com o companheiro em um momento de crise sem ameaçar colocar um ponto final na relação e, claro, se lembrar de que aqueles defeitos chatos da pessoa que você ama provavelmente já faziam parte da vida dela quando a relação teve início.

Laura explica que é comum que novos casais procurem por uma terapia antes mesmo do casamento, o que, para ela, é encorajador. Ela conta que as pessoas estão mais abertas para discussões quando a relação está apenas começando. Para ela, nessa altura os casais estão disponíveis a mudar pontos negativos de si mesmos e a aceitar os pontos negativos do parceiro. Ao que tudo indica, isso é mais difícil em pessoas casadas que, na maioria das vezes, “preferem estar certas a felizes”, como resume a terapeuta.

Laura explica também que é importante que casais que estão juntos há muito tempo cultivem o hábito de fazerem programas a dois, como geralmente ocorre no início da relação. “Para que um relacionamento continue sendo bem-sucedido, é necessário alimentar as conexões românticas e emocionais entre os parceiros”, recomenda.

O tempo

Para a psicoterapeuta e conselheira de casamentos Jean Fitzpatrick, muitos relacionamentos não dão certo porque, depois do casamento, as pessoas se preocupam demais com a “vida adulta” e, sem perceber, deixam que problemas financeiros ou com os filhos suguem todo o tempo do casal.

Com a falta de tempo para o marido ou a esposa, essas pessoas acabam se afundando em relacionamentos entediantes, sem aventura ou momentos de intimidade. Para Jean, esse tipo de situação é a porta de entrada para casos de infidelidade, brigas e, eventualmente, uma possível separação. Em alguns casos, a soma desses fatores não representa que o amor acabou, mas que a relação foi deixada de lado.

“Casais precisam colocar seus relacionamentos no calendário. Eles precisam de rituais diários de conexão e significantes e regulares momentos divertidos em casal”, aconselha a especialista.

(In)sensibilidade

Para a terapeuta sexual Dra. Jane Greer, algumas pessoas são consideradas por seus parceiros como sensíveis demais ou insensíveis ao extremo. Nesse sentido, as queixas se somam com a falta de comunicação. Ela explica que, por não entender as razões pelas quais o parceiro ficou irritado ou calado, muitas pessoas acabam se fechando mais ainda.

“Uma pessoa vai dizer alguma coisa ou fazer alguma coisa que em nenhum momento tem a intenção de ser antagonista ou hostil; mesmo assim, qualquer coisa dita ou feita é interpretada como imprudente ou dolorosa. Quando a outra pessoa reage com raiva, a pessoa que disse ou fez isso fica imediatamente confundida e desorientada e começa a dar explicações”, conta a terapeuta.

Nesse sentido, ela nos explica o poder de exercer a empatia, que é quando nos colocamos no lugar da outra pessoa, de modo a buscarmos entender por que aquilo que fizemos ou dissemos a magoou tanto. Nesse sentido, uma boa resposta pode ser: “Sinto muito que você se sinta dessa maneira”. Ela explica que, se sentem que não estão erradas, as pessoas não aceitam pedir desculpas. Na verdade, pedir desculpas é algo que podemos e devemos fazer quando alguém de quem gostamos fica magoado com o que falamos. Mesmo tendo certeza de que não temos culpa.

Dependência

Para o psicólogo Dr. Daniel Selling, que trabalha com terapia em grupo, muitos relacionamentos não dão certo porque algumas pessoas, depois que começam a namorar ou que se casam, se fecham para as outras relações sociais e vivem em função apenas do marido ou da esposa.

Selling explica que muitas pessoas entram em relacionamentos com intenções externas, como preencher a falta de um antigo companheiro, insegurança ou medo de ficar sozinho.

Ele explica também que muitas pessoas embarcam em um relacionamento amoroso na esperança de mudarem o que são e alcançarem algum tipo de realização pessoal. A dica de Selling é clara: precisamos nos lembrar do velho clichê de, antes de nos envolvermos com alguém, sermos capazes de amar a nós mesmos. Este é um conselho que vale sempre, hein?

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