6 pequenos erros que criaram prejuízos enormes

29/06/2012 às 09:413 min de leitura

"Errar é humano", como dizem por aí. Diariamente cometemos pequenos deslizes que, apesar de inocentes, podem causar grandes prejuízos aos negócios. Recentemente, o Banco Real da Escócia (RBS) teve que arcar com um prejuízo de bilhões de libras esterlinas, o que corresponde a cerca de R$ 5,3 bilhões.

Tudo isso provocado por uma falha no sistema de informação da corporação, que apagou milhares de transações realizadas na última segunda-feira (25) e deixou muitos clientes sem acesso às contas.

Mas o pior ainda está por vir: de acordo com o The Sun, o culpado pela “falha” foi um empregado terceirizado que tentou interromper o processo de atualização de software de uma máquina. Sem querer, ele esbarrou em alguma tecla que causou todo o caos financeiro.

De qualquer forma, essa não é a primeira vez que isso acontece. Quem já teve contato com a Lei de Murphy sabe que quando algo tem a mínima chance de dar errado, dará errado. Confira a seguir alguns exemplos compilados pelo Mirror.

1. Telescópio Hubble: deformação mínima, gasto absurdo

Logo depois de ser enviado para o espaço, na década de 90, os cientistas perceberam que o telescópio Hubble tinha um grave problema: as imagens capturadas pelo equipamento vinham fora de foco e repletas de aberrações.

Espelho primário do Hubble sendo polido (Fonte da imagem: NASA)

A causa era o espelho primário, que havia sido construído com uma forma diferente da esperada e tinha as bordas cerca de 2,2 mícrons mais planas do que o esperado. Para se ter uma ideia, a espessura de um fio de cabelo costuma ser de 60 a 80 mícrons. Entretanto, apesar de minúscula, a missão para o conserto da falha custou 300 milhões de libras esterlinas, o que equivale a quase R$ 1 bilhão.

2. NASA e o Sistema Internacional de Unidades

A agência espacial americana teve outro grande prejuízo na década de 90. Quando uma sonda especializada em estudar o clima de Marte tentou entrar na atmosfera do Planeta Vermelho, ela acabou despedaçada, destruída pela fricção entre nave e atmosfera. O motivo: confusão entre os sistemas métricos usados.

Concepção artística da sonda perdida pela NASA (Fonte da imagem: NASA)

Como muitos sabem, os Estados Unidos e parte da Inglaterra não usam o Sistema Internacional de Unidades (SI). Em vez de medir distâncias em quilômetros, por exemplo, eles medem em milhas, polegadas em vez de centímetros etc. Porém, para a ciência, o SI é o recomendado, já que pessoas do mundo todo podem querer trabalhar com os seus cálculos.

No caso do acidente com a Mars Climate Orbiter, a sonda recebia instruções no sistema internacional, mas a manobra de inserção foi calculada no sistema britânico. Resultado: uma espaçonave de 253 milhões de reais sendo completamente inutilizada.

3. Erro de digitação e um contrato de milhões

Uma simples vírgula pode ser a causadora de muita confusão no mundo dos negócios. Recentemente, a instituição financeira JPMorgan Chase firmou um contrato com um profissional em que pagaria a ele cerca de US$ 3,1 milhões por ano (mais de R$ 6 milhões). Tudo estaria ótimo, não fosse o fato de que esse valor é 10 vezes mais do que o profissional deveria receber.

Sede da JPMorgan Chase em Dallas, Texas (Fonte da imagem: David R. Tribble/Wikipedia)

Como era de se esperar, a conta deu errado por causa de um erro de digitação que posicionou a vírgula no lugar errado, fazendo com que o salário pulasse de 600 mil para 6 milhões de reais anuais. O ex-funcionário tentou processar a empresa depois de ela ter rescindido o seu contrato, mas acabou perdendo a causa.

4. Zeros esquecidos, dinheiro a menos

E, por falar em erros de digitação, uma companhia de seguros americana acabou cometendo o typo mais caro de toda a história. A Prudential emprestou 100 milhões de libras esterlinas (R$ 316 milhões) a uma companhia de navios dos Estados Unidos, que garantiu o empréstimo com a sua frota. Por isso, a seguradora esperava lucrar cerca de R$ 185 milhões de reais. Porém, durante a redação do contrato, três zeros foram deixados de fora e a empresa teve direito a apenas R$ 185 mil.

5. Trocando as bolas na bolsa de valores

Um corretor japonês conseguiu causar um prejuízo de quase R$ 460 milhões à empresa para a qual trabalhava ao interpretar erroneamente uma ordem. Em vez de vender uma ação por 610 mil yens (R$ 15,4 mil), o funcionário da Mizuho Securities vendeu 610 mil ações por 1 yen cada, o que equivale a menos de um centavo de real.

6. Caçador trapalhão incendeia 2,3 mil casas

Parece história de pescador, mas é de caçador. Ao se perder de seu amigo durante uma caçada, o aventureiro Sergio Martinez resolveu usar um sinalizador para encontrar o parceiro, dentro de uma floresta californiana. Entretanto, o que ele não esperava era que aquele inofensivo equipamento pudesse causar um incêndio que destruiu 2,3 mil casas e matou 15 pessoas. O fogo durou 11 dias para ser controlado e se alastrou por 1,1 milhão de metros quadrados.

O incêndio causado pelo sinalizador de Sergio Martinez (Fonte da imagem: NASA)

Depois disso tudo, Martinez passou seis meses na cadeia e foi sentenciado a pagar 960 horas de serviços comunitários, além de uma multa de 9 mil reais em restituições. Não conseguimos descobrir se ele encontrou o amigo depois de usar o sinalizador, mas esperamos que sim.

Fontes: The Sun, Mirror

Fonte
Imagem

Últimas novidades em Ciência

NOSSOS SITES

  • TecMundo
  • TecMundo
  • TecMundo
  • TecMundo
  • Logo Mega Curioso
  • Logo Baixaki
  • Logo Click Jogos
  • Logo TecMundo

Pesquisas anteriores: