Baralho foi usado na Segunda Guerra Mundial para esconder mapas de fuga

13/05/2018 às 08:002 min de leitura

Os baralhos sempre fizeram parte da vida dos soldados que estavam lutando em alguma guerra, já que essa era a maneira mais simples de passar o tempo e fazer esquecer um pouco a vida cotidiana estressante em uma zona de conflito.

Durante a Primeira Guerra Mundial, a Companhia Americana de Cartas de Baralho (USPCC, na sigla em inglês) percebeu a importância do objeto e começou a produzir decks baratos e acessíveis aos soldados que estavam partindo para a Europa para lutar na frente ocidental.

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Contrabandos estratégicos

Durante a Segunda Guerra Mundial, os oficiais de inteligência contrataram a marca Bicycle, pertencente à USPCC (United States Playing Card Company), para produzir as cartas de baralho mais clandestinas da história. O que as agências britânicas e americanas tinham em mente era usar a Convenção de Genebra a favor delas.

Os prisioneiros de guerra aliados espalhados pelos acampamentos da Alemanha e da Europa ocupada tinham o direito de receber correspondências e pacotes da Cruz Vermelha, contanto que os pacotes não contivessem armas de nenhum tipo.

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Rota de fuga

Dessa forma, os Aliados viram uma oportunidade de contrabandear objetos úteis para os prisioneiros, caso conseguissem organizar uma fuga. É claro que os itens foram disfarçados para evitar a detecção dos responsáveis pelos guardas.

Foi assim que a USPCC se envolveu em uma missão secreta para produzir um baralho de cartas que incluía um mapa oculto, mostrando rotas de fuga, direções e dicas com informações valiosas que poderiam ajudar um fugitivo a alcançar linhas amigáveis ou cruzar a fronteira de um país neutro.

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Presente de Natal

O mapa ficava escondido entre as duas camadas que formavam uma carta de baralho. Uma vez submerso na água, era possível retirar as camadas para obter uma parte do mapa em cada um dos cartões. Então, bastava apenas montar as partes, e voilà!

Os decks foram distribuídos durante o Natal através dos pacotes natalinos da Cruz Vermelha, que sempre continham um baralho de cartas para entreter os prisioneiros em cativeiro. O mapa ajudou ao menos 32 pessoas a escapar do castelo de Coldiz e encorajou mais de 300 tentativas de fuga.

Muito pouco se sabe sobre os detalhes relativos aos baralhos clandestinos, já que seu uso era uma violação da Convenção de Genebra. No entanto, a cooperação foi muito frutífera entre as agências de inteligência dos Aliados e a empresa.

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Edição comemorativa

A empresa Bycycle Playing Cards resolveu comemorar o lendário baralho reimprimindo-o em uma série chamada Bicycle Escape Maps Cards, que pode ser comprado regularmente. O baralho contém o mapa, mas agora ele fica visível na frente dos cartões.

Ainda que o relançamento do baralho tenha atraído muita atenção, é desconhecido o número de decks originais que sobreviveram à guerra, além de dois que estão em exposição no Museu Internacional da Espionagem, em Washington, Estados Unidos.

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