Você soube da incrível pintura de 40 mil anos que foi descoberta na Ásia?

08/12/2018 às 09:002 min de leitura

Sob a cadeia de montanhas de Kalimantan, na Indonésia, repousa uma verdadeira galeria de arte pré-histórica, conhecida pelos moradores da ilha de Bornéu há séculos. As marcas de mãos que se situam nas paredes, deixadas por indivíduos há dezenas de milhares de anos nas cavernas em tinta vermelha e laranja, no entanto, não são as únicas lembranças desse passado tão distante.

Artistas do passado

Um estudo realizado por pesquisadores da Griffith University, na Austrália, e divulgado pela revista Nature, mostrou que, entre as imagens de mãos, existem também pinturas figurativas de criaturas que lembram vacas. Enquanto os desenhos datam de entre 40 e 52 mil anos de história, esses retratos de bichos  três deles, para ser mais exata  feitos dentro da caverna de Lubang Jeriji Saléh, localizada na ilha, também são de provavelmente 40 mil anos atrás.

As figuras não são mais antigas do que as mãos, mas deixam para trás as pinturas de animais que se pensava serem as mais antigas até então, todas inclusive na mesma região de Kalimantan.

"A mais antiga imagem de arte rupestre que nós datamos é uma grande pintura de um animal não identificado, provavelmente uma espécie de gado selvagem ainda encontrado nas selvas de Bornéu  essa tem uma idade mínima de 40 mil anos e é agora a mais antiga obra de arte figurativa conhecida", disse Maxime Aubert, um dos autores da pesquisa.

As cavernas não são novidade como objeto de pesquisa. Elas inclusive já foram estudadas pelo mesmo grupo na década de 1990. Mas, entre 2016 e 2017, os pesquisadores retornaram para o sítio arqueológico para coletar novas amostras que pudessem fornecer dados mais exatos sobre as pinturas rupestres.

Agora, eles analisaram 15 amostras de carbonato de cálcio extraídas de seis cavernas de regiões próximas às pinturas. Para os exploradores, foi uma surpresa perceber a possibilidade de as pinturas rupestres serem mais antigas do que o esperado. Isso porque os novos dados ajudam a compreender uma mudança na representação de animais na visão dos humanos da época, definindo três etapas da arte paleolítica na região.

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