Você sabe quando os anéis olímpicos foram criados?

14/02/2014 às 12:313 min de leitura

Os anéis olímpicos estão em todos os lugares neste mês, em Sochi, na Rússia, durante os jogos de inverno. Como todo mundo tem conhecimento, os símbolos são os mesmos usados nos jogos de verão, mas você sabe quando eles foram criados e o que significam?

O site Mental Floss reuniu algumas referências históricas sobre os círculos olímpicos, que têm cinco cores diferentes, para elucidar a dúvida que surge quando as pessoas olham para esses ícones. Confira abaixo.

O surgimento

Em 1894, Pierre de Frédy, o Barão de Coubertin, um aristocrata francês — que já havia tentado incorporar a educação física nas escolas — convocou um congresso em Paris com o objetivo de reviver os antigos Jogos Olímpicos. O congresso concordou sobre as propostas de uma Olimpíada moderna, e o Comitê Olímpico Internacional (COI) logo formalizou e passou a planejar os Jogos de Atenas de 1896.

Após os Jogos de Estolcomo, em 1912, os primeiros que contaram com a participação de atletas de todas as cinco partes habitadas do mundo, um símbolo com cinco anéis entrelaçados, desenhados e coloridos à mão, apareceu no topo de uma carta que o Barão de Coubertin enviou a um colega.

Ele também usou o seu projeto dos círculos como o emblema para a celebração do 20º aniversário do COI em 1914. Um ano mais tarde, a marca dos cinco anéis coloridos tornou-se o símbolo olímpico oficial. Os anéis seriam utilizados em bandeiras e na sinalização dos jogos de 1916, mas o evento foi cancelado devido à Primeira Guerra Mundial.

O Barão de Coubertin Fonte da imagem: Reprodução/Mental Floss

Com isso, os anéis olímpicos fizeram a sua estreia tardia apenas na década de 1920, nos Jogos de Antuérpia, na Bélgica. Até então, o criador, o Barão de Coubertin, ainda não havia explicado o que os anéis significavam. Ele falou sobre isso apenas em 1931, quando afirmou o seguinte:

"Um fundo branco, com cinco anéis entrelaçados no centro: azul, amarelo, preto, verde e vermelho formam um símbolo que representa os cinco continentes habitados do mundo, unidos pelo Olimpismo, enquanto as seis cores (contando com o branco do fundo) são aquelas que aparecem em todas as bandeiras nacionais do mundo na atualidade".

Coubertin usou uma interpretação livre de "continentes”, que incluía África, América, Ásia, Europa e Oceania. Ele nunca, em qualquer declaração, disse (nem mesmo escreveu) que determinado anel representasse um continente específico — como muita gente acredita que cada cor seja especificamente relacionada a um continente.

Além disso, como os anéis foram originalmente concebidos como um logotipo para o 20º aniversário do COI — e que só mais tarde se tornou o símbolo dos Jogos Olímpicos —, também é provável, segundo o historiador David Young, que Coubertin pensava inicialmente nos anéis como símbolos das cinco edições dos jogos já realizadas com sucesso — 1896, 1900, 1904, 1908 e 1912.

Origem remota?

Fonte da imagem: Reprodução/Mental Floss

Um mito popular afirma que os anéis foram inspirados em um projeto semelhante antigo encontrado em uma pedra em Delfos, na Grécia. Este "antigo” design, no entanto, foi provado como sendo apenas um adereço moderno. Confira abaixo como toda essa história começou e foi solucionada.

Para os Jogos de Verão de 1936, em Berlim, Carl Diem, presidente do comitê organizador, queria transmitir a tocha olímpica a partir de seu ponto de iluminação em Olímpia para o estádio de Berlim.

Diem, ao que parecia, tinha um talento para o teatro, e incluiu no programa uma parada no antigo estádio de Delfos para uma cerimônia mais encenada da pira olímpica, em um altar com uma pedra com cerca de um metro de altura, tendo o desenho dos anéis esculpido nas laterais.

Após a cerimônia, os corredores que levaram a tocha e toda a comitiva seguiram o seu caminho, mas ninguém nunca removeu a pedra do estádio. Duas décadas depois, pesquisadores britânicos visitaram Delfos e notaram o desenho dos anéis sobre a pedra. Eles concluíram que a pedra era um antigo altar e pensaram que o projeto dos anéis já havia sido usado na Grécia antiga, formando uma ligação entre os Jogos Olímpicos antigos e modernos.

A história real por trás do altar mais tarde foi revelada e a tal pedra foi transferida do local interno para a parte da entrada do antigo estádio de Delfos.

Voltando a Coubertin

A inspiração para o desenho do Barão foi um pouco mais moderna. Quatro anos antes de divulgar o símbolo, ele convocou seu congresso olímpico, tornando-se ainda presidente do órgão esportivo francês, Union des Sociétés Françaises de Sports Athlétiques (USFSA).

A União foi formada a partir da fusão de duas organizações desportivas menores e, para simbolizar isso, um logotipo de dois anéis entrelaçados — um vermelho e um azul em um fundo branco — foi criado e exibido nos uniformes dos atletas USFSA. Talvez tenha vindo daí a ideia de Coubertin.

Símbolo da Union des Sociétés Françaises de Sports Athlétiques Fonte da imagem: Reprodução/Wikipedia

O historiador Robert Barney disse em um artigo da Olympic Revue de 1992: “Parece bastante óbvio que a filiação de Coubertin com o USFSA o levou a pensar em termos de anéis entrelaçados ou círculos quando ele aplicou sua mente para conceber um símbolo. Círculos, afinal, representam totalidade, e a interseção deles, continuidade”. 

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