Por que as pessoas não desapegam de empregos que as deixam infelizes?

09/02/2018 às 15:302 min de leitura

John Eades é CEO da LearnLoft, empresa focada em aprendizado à distância. Em uma matéria para o portal Inc, no qual ele é colunista, o executivo fala sobre um fenômeno percebido por ele: o dos funcionáros que continuam a trabalhar em um local onde se sentem infelizes.

Pensando nos motivos que levavam as pessoas a se desmotivar no que fazem, mas mesmo assim permanecer na empresa, Eades elaborou uma lista com 4 fatores que contribuem para que essa situação se prolongue:

1. Apreço pela estabilidade

Como Eades explica, não é tão difícil assim encontrar gente que só está em um emprego por causa de salário ou benefícios (boa parte de força de trabalho, se formos ser sinceros). E isso fica mais evidente quando já existe um padrão de vida estabelecido e trocar de empresa poderia colocá-lo em risco.

Essa relação fica mais fácil de explicar nos casos de pessoas que, por detestarem o que fazem, não procuraram evoluir suas habilidades junto com o mercado de trabalho da sua área e, com um pouco de razão, acreditam que não conseguirão um emprego que mantenha a qualidade de vida que elas estão acostumadas a ter.

2. Não encontram sentido no que fazem

Segundo uma pesquisa conduzida pela Gallup em diversos países, 87% dos colaboradores não estão engajados em seus trabalhos. Enquanto existem diversos fatores que indicam engajamento, uma das principais razões é que as pessoas não entendem o porquê de fazerem o que fazem. E quando não se encontra um propósito para o seu trabalho, é mais difícil ter satisfação real nas atividades realizadas no dia a dia.

3. Acham que não conseguem fazer outra coisa

Eades comenta que é mais difícil abandonar um trabalho — mesmo um que você se força todo o dia para ir — quando você não tem ideia do que você quer fazer. E que, ao longo dos anos, ele viu muitas pessoas reclamando da sua atual situação, mas não fazendo nada para sair dela, portanto criando um círculo vicioso.

4. Não conhecem lideranças inspiradoras

O último motivo apontado por Eades é a falta de líderes inspiradores em seu ambiente de trabalho. A falta de grande liderança pode ser dividida em duas áreas:

  • Cultura pobre (problema relacionado à liderança executiva);
  • Gestor ruim (alguém que gerencia, mas não lidera).

É fácil culpar a pessoa que há tempos está insatisfeita com o seu trabalho, porém não faz nada para mudar essa situação. Mas, nesse caso, o erro não está no colaborador. A culpa recai em um dos pontos apresentados acima — a falta de interesse das lideranças em criar uma cultura positiva e leve no ambiente de trabalho, ou o gestor direto que não sabe implementar os valores da empresa.

Por último, Eades reconhece que os pontos que ele elencou não são fáceis de ler, especialmente para donos de empresas, que sempre enxergam sua empresa por uma ótica mais positiva. Mas ele destaca que, em alguns casos, a culpa pela falta de interesse se origina muito mais de um ambiente que não motiva do que um funcionário-problema.

Por que as pessoas não desapegam de empregos que as deixam infelizes? via The Brief

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