A planta brasileira que está 'matando' o maior lago da Etiópia

02/03/2018 às 14:011 min de leitura

Com águas turvas, o lago Tana é o maior de toda a Etiópia e o berço do rio Nilo Azul, que, após encontrar o rio Nilo Branco, no Sudão, forma o segundo curso-d'água mais extenso do mundo: o rio Nilo. Uma planta aquática, endêmica da Amazônia, chamada jacinto-de-água (Eichhornia crassipes), porém, está se proliferando vertiginosamente e colocando em xeque a sobrevivência do reservatório, que é a principal fonte de água da região de Amhara, no noroeste etíope.

Do alto, é possível observar com clareza a dimensão do problema: uma imensidão verde cobre boa parte da superfície do Tana, que tem 84 km de comprimento e 66 km de largura. A inexistência de predadores naturais no lago e as elevadas temperaturas do país — situado bem próximo à Linha do Equador — acabam favorecendo a infestação dessa planta aquática. "A nossa falta de conhecimento e as mudanças climáticas produziram essa imensa tragédia", relatou o cientista ambiental Ayalew Wolde.

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Segundo um barqueiro da região, o nível da água caiu de 25 para 15 metros em pouco tempo, e o impacto também se reflete nana produção de peixes, cada vez menos abundante. "Não podemos usar produtos químicos para destruir a planta porque as pessoas usam a água do lago para beber. E o gado também", lamenta.

A solução encontrada pelos locais, até o momento, vem sendo somar esforços com os moradores de outras aldeias para retirar toneladas de jacinto-de-água com as próprias mãos. Enquanto uma alternativa mais inovadora não é apresentada, o futuro do lago Tana e o abastecimento das próximas gerações continua sob constante ameaça.

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