Aquecimento global está destruindo os moais da Ilha de Páscoa

02/04/2018 às 08:002 min de leitura

Se você tem vontade de conhecer os famosos moais da Ilha de Páscoa, é melhor se apressar, pois é provável que eles não resistam aos efeitos das mudanças climáticas por muito tempo. De acordo com reportagem publicada pelo The New York Times, ondas já atingem algumas das estátuas com força devido ao aquecimento global, causando danos que podem ser irreparáveis. 

“Alguns moais foram atingidos no passado por grandes tsunamis, mas depois foram restaurados. A diferença é que agora as taxas de elevação do nível do mar estão mais rápidas do que nunca, e este perigo é muito maior”, explicou Adam Markham, vice-diretor de clima e energia da UCS (União dos Cientistas Preocupados, em tradução literal), organização que trabalha com assuntos relacionados à proteção ambiental. 

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Também conhecida como Rapa Nui na língua local, a ilha já sofre com alguns estragos causados pela força das marés. Na costa Sul, uma barreira de mais de 3 metros de altura foi derrubada no último ano, enquanto na costa Norte, onde praias com areia cor-de-rosa podiam ser vistas, hoje em dia só sobraram pedras reviradas pelas ondas. 

Segundo algumas projeções realizadas pela NASA, a aceleração do derretimento das calotas polares pode aumentar o nível dos oceanos em até 2 metros até o ano 2100. Para uma ilha com apenas cerca de 25 km de extensão, essa elevação pode significar uma grande catástrofe natural (e cultural) até mesmo antes do final do século. 

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Desde 1995, o chamado Parque Nacional de Rapa Nui integra a lista de Patrimônios Mundiais da Unesco, ou seja, é considerado pela comunidade científica como “inigualável e de fundamental importância para a humanidade”. A ilha, que pertence ao Chile, é um dos locais habitados mais isolados do mundo, ficando a mais de 3,5 mil quilômetros da costa continental, no meio do Oceano Pacífico. 

Além do aumento do nível do mar, o aquecimento global tem provocado tempestades mais fortes e frequentes na região, intensificando o processo erosivo nas estátuas. Em média, os “gigantes de pedra” espalhados pela ilha têm 10 metros de altura, mas um deles foi encontrado ainda na etapa da pedreira, mesmo incompleto, com o dobro do tamanho mais comum. 

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Pela falta de grandes registros, a verdadeira história dos moais ainda é um mistério. Não há respostas concretas sobre suas origens e motivações, mas acredita-se que as quase mil estátuas tenham sido construídas pelos povos que habitavam a ilha entre os séculos X e XVI como forma de homenagear seus antepassados. 

Descoberta pelos europeus em 1722, hoje em dia a Ilha de Páscoa conta com menos de 6 mil habitantes que dependem, principalmente, do turismo para sobreviver. No último ano, mais de 100 mil pessoas visitaram o local, deixando mais de 70 milhões de dólares na pequena comunidade que vê a maré subir de pouquinho em pouquinho a cada dia que passa. 

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